Temos a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguirmos crescendo.
Temos os anos em que os sonhos se começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.
Temos os anos em que o amor às vezes é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada. E outras vezes é uma ressaca de paz, como o entardecer numa praia.
Quantos anos temos? Não precisamos de um número para marcar, pois os nossos anseios alcançados e as lágrimas que derramámos pelo caminho ao ver as nossas ilusões despedaçadas valem muito mais do que isso.
O que importa se temos vinte, quarenta ou setenta?
O que importa é a idade que sentimos.
Temos os anos que necessitamos para vivermos livres e sem medos para seguirmos sem recear o trilho, pois levamos conosco a experiência adquirida e a força dos nossos anseios.
Quantos anos temos? Isso a quem importa?
Temos os anos necessários para perdermos o medo e fazermos o que queremos e o que sentimos.
José Coelho e Maria Coelho