sábado, 31 de outubro de 2015

Desejo-vos um excelente Dia dos Homens (mais conhecido por Dia de Todos os Santos)...


Comam (se puderem) umas broinhas de nóz...
 

...umas castanhitas assadas...
 
 
... e reguem tudo com uma jeropigazita
(de preferência da de Marvão).

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Nem tudo o que parece é...


Foto by Pedro Coelho

Já li um cento de "abébias" (vulgo insultos) vociferadas na televisão (e escritas) na comunicação e redes sociais para zurzirem feio e forte quem não foi votar porque assim e porque assado. Pois bem. EU NÃO FUI VOTAR. Pela primeira vez, em 41 anos de democracia e eleições livres, não compareci na minha habitual assembleia de voto na qual estou inscrito desde as primeiras eleições, nos idos de setenta. 

A assembleia de voto da Beirã. 

Residi durante 6 anos em Castelo de Vide, porém, quando havia eleições vinha sempre votar a casa. Sim. A Beirã é a minha única casa desde que nasci. Residi também 8 anos em Nisa. E fiz exatamente o mesmo. Em tempo de eleições era à Beirã que vinha votar apesar de ter sido muito bem recebido e tratado em ambas as terras nas quais vivi por motivo do exercício profissional. Fiel até ao tutano a esta aldeia que me corre no sangue e faz parte de mim.

Mas a vida tem prioridades.

O meu Caçula foi cirurgicamente intervencionado a um sério problema de saúde e nós tivémos que ficar perto dele vários dias porque o amamos. E no dia em que decorreu o ato eleitoral estávamos a 230 km de distância. Não deu por isso para vir votar. Quando se tem um filho a necessitar de nós, queremos lá saber se quem vai governar o país é A, B ou C. Queremos é ficar perto do sangue do nosso sangue enquanto for preciso. E como disse o doutor Pedro Passos Coelho certa vez, "que se lixem as eleições". Foi exatamente o que pensei e fiz.

E não votei. Ou melhor, nós (eu e a mãe do nosso filho Caçula) não votámos, porque deliberadamente entendemos que a nossa condição de pais é muito mais importante do que a nossa condição de cidadãos deste país. E estivémo-nos literalmente nas tintas para tal obrigação. Quantas pessoas como nós não terão ido votar porque não puderam também e por motivos análogos? Muitas. Com toda a certeza. Mas alguém quer saber disso? Qual quê! Metem-nos a todos no mesmo saco. Não fomos votar porque somos menos portugueses do que aqueles que foram votar.

Pois bem... 

Falando apenas e só por mim, quero esclarecer e inequivocamente afirmar com todas as letras que me estou literalmente a cagar para tais opiniões. Não reconheço competência nenhuma a essa gente que vem mandar bitaites porque eu sei o que valho em termos de responsabilidade cívica, honestidade moral, integridade de caráter e de cidadania. Não sou daquelas pessoas que se esconde no anonimato para enxovalhar os outros, dou a cara e assino por baixo SEMPRE. Seja em que circunstância for, seja por que causa for.

Bom seria que muitos desses arautos dos bons costumes se olhassem ao espelho, metessem a mão na consciência e um seixo do tamanho de uma maçã reineta dentro da boca, antes de se porem a dar palpites sobre aquilo que desconhecem. É que, muitas vezes, nem tudo o que parece é...