terça-feira, 31 de agosto de 2021

Meu vício de ler

Piscina natural no Rio Sever - Portagem - Marvão
Foto José Coelho - 30.08.2021

O Menestrel

 

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. Aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E aprende também que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Aprende a aceitar as suas derrotas de cabeça erguida e olhos em frente, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

 

Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para planos e o futuro tem o costume de ser inseguro. Depois de algum tempo, você aprende que o sol queima se ficar a ele exposto demasiado tempo. E aprende que não importa o quanto você se importar, porque algumas pessoas simplesmente nunca se importarão. E aceita que por melhor que seja uma pessoa ela vai feri-lo alguma vez e você precisará de a perdoar por isso. Aprende ainda que falar pode aliviar e muito, certas dores emocionais.

 

Descobre que se levam anos para construir a confiança mas que basta um segundo para a destruir. E você fará coisas em apenas um minuto das quais se irá arrepender o resto da sua vida. Aprende que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias e que o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que os bons amigos são a família que nos foi permitido escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que naturalmente eles mudam, se percebermos que com os nossos melhores amigos se pode fazer qualquer coisa ou nada, mas mesmo assim viver bons momentos.

 

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida podem ser-lhe tiradas a qualquer momento e por isso devemos deixar sempre as pessoas amadas com palavras amorosas porque pode muito bem ser a última vez que as vemos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas que somos nós os responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não deve comparar-se com os outros, mas sim com o melhor que conseguir sempre ser. Descobre que demora muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser e que o tempo é demasiado breve. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde quer chegar. E que, se você não sabe para onde vai, qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla os seus atos, ou eles irão controlá-lo a si. E que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação onde sempre existirão dois lados.

 

Aprende que os heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer enfrentando as consequências. E aprende que ter paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o ignore quando o vir cair, é precisamente uma das poucas que o ajuda a levantar-se.

 

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que você teve e o que aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você já celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em si, do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que os sonhos não são reais porque poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

 

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas que isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama da forma que você quer ser amado, não significa que esse alguém não o ame, pois existem pessoas que amam mas simplesmente não o sabem demonstrar.

 

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém e que algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo também. Aprende que, com a mesma severidade com que julga os outros, em algum momento na sua vida será você o julgado. Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido e que o mundo não vai parar para que você o conserte, porque o tempo não é algo que possa voltar atrás.

 

Portanto, plante o seu jardim e decore a sua alma, ao contrário de esperar que alguém lhe traga flores. Aprenda que pode suportar mais do que imaginava, que realmente é forte e que pode ir ainda mais longe depois de muitas vezes ter achado que já não podia mais. 

E que a vida tem valor, tal como você tem valor diante da vida!

 

Veronica Shoffstall

domingo, 29 de agosto de 2021

Foto Maria Coelho 
28-08-2021

Perdoar não é esquecer.

Perdoar é deixar de sentir ressentimento e raiva de todos os que nos fizeram mal.

Perdoar é só desejar o bem a todos, independentemente de nos terem feito sofrer, mas não é esquecer. Porque para esquecer teríamos de perder a memória, só assim esqueceríamos.

É lembrar de forma suave o que nos fizeram e já não doer da mesma forma, é não desejar nenhuma vingança.

Para perdoar é preciso reviver vezes sem conta o que nos fez sofrer e tentar entender o porquê daquela pessoa ter agido assim. Às vezes é difícil entender e há coisas que talvez nunca venhamos a saber o porquê, mas mesmo assim podemos escolher perdoar, porque para a nossa vida avançar não podemos carregar esse peso.

Tal como um papel que amachucamos nunca mais recupera a forma inicial e mesmo se for passado a ferro, vão notar-se alguns vincos, o mesmo se passa connosco com aquilo que passamos e aquilo que nos fazem.

Hoje só desejo o melhor a todos. Desejo que se tenham tornado melhores pessoas, que sejam felizes e que se sintam tão bem com a sua vida, como eu me sinto com a minha.

De certeza que também já magoei alguém e só espero que neste momento me tenha perdoado.

Para perdoarmos nem sequer temos de continuar a conviver, quando alguém nos magoa repetidamente, para a nossa própria sanidade mental, temos o dever de nos afastar. Isso não significa que não tenhamos perdoado, desejamos o bem, mas ninguém nos pode obrigar a conviver com quem nos magoa.

Como é que se perdoa? Desejando luz.

 

Ana Silvestre

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Coisas que leio...

Selfie José Coelho - 22.08.2021

Colhemos o que semeamos. É verdade. O tempo é a árvore que nos dará o fruto dos nossos gestos. Esse fruto será doce ou será amargo, conforme a ternura ou o azedume que deixarmos pelo caminho que formos lavrando, e virá sempre no tempo certo. O fruto dos nossos gestos nunca vem fora de época, sabe sempre quando o devemos provar.

Quem não cuidou, não pode esperar ser cuidado. Quem não foi capaz de apoiar, não pode esperar ser amparado. Quem não teve uma palavra para quem a aguardava, não pode esperar nada a não ser silêncio. Quem não soube estar perto, não pode esperar senão distância. Quem não soube abraçar, não pode esperar senão braços cruzados. Quem não soube estar presente, não pode esperar ser visitado. O amor não é uma obrigação. Não é algo só porque sim. Quem não valorizou, não pode esperar ter valor para quem ignorou.

Quem só foi capaz de agredir, não pode esperar carinho. Quem esperava poder humilhar contando que essa humilhação fosse esquecida, enganou-se. Às vezes, sim, o tempo enfraquece a memória, mas aquilo que o coração guarda nunca se perde. Para o bem e para o mal. Os corações nunca esquecem. Quem nunca mostrou disponibilidade, quem nunca esteve para o que desse e viesse, não pode esperar receber amor de volta. O amor só regressa a quem o soube dar, o amor só regressa de livre vontade. Ninguém ama à força.

 

In lado.a.lado . agosto 2020

sábado, 21 de agosto de 2021

Memórias que o tempo não apaga

Foto José Coelho - 21.08.2021

Os meus avós maternos – com quem me criei – viviam o seu dia a dia numa tão tranquila simplicidade que ainda hoje os recordo carinhosamente, com imensa saudade. Nunca passaram fome e a minha avó Amélia nunca deveu um tostão a ninguém, conseguindo, pelo contrário, amealhar o pezinho-de-meia que tinha sempre guardado para prevenir eventuais ou inesperadas vicissitudes.

 

Era uma senhora pequenina de trato meigo e muito carinhosa. Qual formiguinha trabalhadeira arranjava sempre algo para fazer nas suas lides domésticas. Ia e voltava a pé da Cavalinha ao mercado de Santo António das Areias todos os sábados para “mercar” muitas vezes apenas algum queijo, mais dois ou três litros de milho para as suas galinhas poedeiras.

 

O meu avô José Lourenço, mais conhecido por ti Zé Cabreiro, grande e querido amigo não só de mim como de todos os seus netos, muito novo ficou quase cego dos dois olhos – tal como aconteceu depois às suas duas filhas, a minha mãe e a minha madrinha Jacinta – e por isso raramente deixava o seu cantinho na Cavalinha. Faleceu inesperadamente aos 67 anos vítima de uma bronquite asmática. Foi a mim que calhou, nessa triste manhã, levar à sua companheira a má notícia do seu falecimento no hospital de Portalegre, onde se encontrava havia duas semanas em estado crítico.

 

A partir daí todos os fins de semana passei a ir visitá-la porque adorava a sua companhia e as deliciosas comidas que ela cozinhava nas panelas ou tachos de barro em lume de chão e para o qual eu ia sempre buscar-lhe dois ou três feixes de lenha que nunca mais deixei que lá se lhe acabassem. Mais tarde, já muito perto dos 86 anos, recolhi-a definitivamente em minha casa, onde a minha mãe e sua filha mais velha que já morava comigo, dela passou a cuidar amorosamente até ao dia em que a tia Amélia da Conceição, já então com 93 anos, decidiu ir ao encontro do seu Zé Lourenço.

 

A pequena casa onde viviam junto ao ribeiro da Beirã por detrás da "caseta" da passagem de nível da Cavalinha era imaculadamente branca por dentro e por fora. Todas as divisões da casa e aquela magnífica varanda estavam sempre cuidadosamente caiadas e esfregadas à mão num asseio exemplar. Sobre a porta de entrada uma frondosa e fresca latada que dava uns deliciosos cachos moscatel brancos. No parapeito da grande janela da sala alinhavam-se vasos com manjericos, cravos e flores de cera que impregnavam com o seu perfume tudo em redor. E havia ainda outro canteiro com flores de noiva, dálias, açucenas e um também cheiroso alecrim no ajardinado canto existente entre a varanda da casa e a cancela que dava para o caminho.

 

Aquela modesta e branca casinha era um pequeno paraíso de paz e harmonia, habitado por duas criaturas maravilhosas com quem dava gosto conviver porque eram o exemplo perfeito da honradez da honestidade e da perfeição humanas. Nunca tínhamos pressa de os deixar. E quando por fim tínhamos que vir embora de ao pé deles trazíamos sempre vontade de lá regressar o mais depressa possível.

 

O meu avô era também um hábil artesão. Mesmo sem ver quase nada, fazia uns pássaros em cortiça muito bonitos, os quais, por meio de uma guita com um chumbo na ponta, fazia com que os pássaros ganhassem vida baixando alternadamente a cabeça ou o rabo ao sabor do vaivém do pêndulo. Havia também aquela melodiosa escaravela de lata em frente da casa com uns pequenos badalos de madeira em tamanhos vários dispostos no seu eixo, que, ao rodarem movidos pelo vento, produziam uma música engraçada. Consoante o tamanho de cada badalo, ao baterem na chapa um após o outro faziam mais ou menos assim: 

 

- Tec-tac-toc-tec-tac-toc… Tec-tac-toc-tec-tac-toc… 

 

Sempre que podia ia passar com eles dias inteiros. E nem dava pelo passar das horas! O meu avô, para além de um grande companheiro era também um grande contador de histórias. Da guerra civil espanhola e de muitas outras peripécias que viveu e sabia. Tinha um dom tão especial para as contar que nos prendia a atenção por completo. Ao ouvi-lo no mais profundo silêncio era como se estivéssemos a "ver" tudo o que ele ia narrando.

 

Quando eu era pequenito às vezes acompanhava-o no pastoreio pelas tapadas onde ele era guardador de gados. E recordo perfeitamente um dia, na Tapada dos Três Pontões, os dois sentados na parede da linha férrea. Ao ouvir o zumbido dos cabos telefónicos que bordejavam a linha, perguntei-lhe, admirado:

 

- O que é que soa, avô? 

 

Ele pegou-me na mão, levou-me ao poste que sustentava as canecas dos fios de cobre e mandou-me encostar lá o ouvido. E o tal zumbido que ao longe era discreto, ali, com o ouvido encostado ouvia-se uma enorme, contínua e melodiosa algazarra:

 

-  Ziiinnng-zeennng-zoonnnng…

 

- Sabes o que estás a ouvir? Perguntou-me a sorrir, divertido.

 

- Parece uma música. Respondi eu.

 

- Ah pois é! São meninas a cantar! Concluiu rindo da minha cara de espanto, ainda mais divertido.

 

É curioso como nunca mais me esqueci de tal coisa! E não teria decerto mais de 3 ou 4 anitos. Ainda hoje lá estão os pontões, a parede e o poste de ferro a olharem para o céu, mas já sem os fios. Não sei se foram retirados quando encerrou o ramal ou se terão sido roubados, mas cada vez que lá passo basta-me cerrar os olhos para ir ao encontro da voz e do riso do meu querido avô:

 

- "São meninas a cantar"...

 

Partiram há muito tempo na sua viagem sem regresso. Inevitavelmente com eles foi um enorme pedaço de mim. A casa onde moravam está agora em ruínas. Mas aos olhos do meu coração continua branquinha e acolhedora. E eles permanecem lá. Vivos na minha memória e no meu amor, incapaz de os esquecer. Consigo até vislumbrar a avó Amélia sentada na sua cadeirinha de bunho na empena da casa, a costurar ao solinho da tarde. E o meu avô sentado na parede aparando pedaços de cortiça para construir os seus animados passarocos. As rosas de Alexandria e as perfumadas açucenas do velho canteiro ajardinado conseguem milagrosamente sobreviver há décadas e continuam a florir em cada primavera por entre o emaranhado de silvas e outro matagal que quase já cobrem as ruínas da casa.

 

Inventei uma maneira de os conservar mais perto de mim. Antes que a velha parreira da latada da varanda secasse fui lá buscar um garfo que pus no meu quintal e que por sorte pegou.  Já comi dela os doces cachos moscatel. E como não tenho a habilidade do avô Zé para as fazer, comprei no Mercado Franco em Castelo de Vide uma escaravela de lata parecida com as que ele fazia e até tem no meio uns arames que ao rodarem movidos pelo vento fazem um barulho parecido àquele que fazia a dele, ainda que muito menos musical. Limita-se a um monótono tec-tec-tec… tec-tec-tec…

 

Dá, contudo, para sentir os dois mais próximos de mim. 

 

Sei que um dia voltaremos a estar juntos. Mas às vezes é complicado gerir tantas perdas, tantas ausências, tanta falta destes afectos que a vida me foi levando...


José Coelho in Histórias do Cota

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

O bem faz-se em silêncio...



 
... tudo o resto são vaidades!

Nota explicativa:

As imagens supra publicadas foram extraídas de documentos digitalizados onde foram rasurados os dados respeitantes a terceiras pessoas neles constantes, para cumprimento da Lei 58/2019 de 08 de Agosto - Lei da proteção de dados pessoais.

José Coelho
18.08.2021

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Bodas de Rubi

Foto Pedro Coelho - 14.08.2021


O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Fernando Pessoa

 

sábado, 7 de agosto de 2021

É agora ou nunca, ninguém duvide

Fórum Luso Espanhol Perspectivas de Reativação 
do Ramal de Cáceres - Beirã 05.08.2021

Fui convidado pelo Candidato a Presidente da Câmara Municipal de Marvão do Partido Socialista e meu digníssimo amigo Jorge Rosado, para cabeça de lista da candidatura à Junta de Freguesia da Beirã.

Não tendo sido a primeira vez que fui convidado para tal cargo em anteriores actos eleitorais, este convite apanhou-me completamente de surpresa. Hesitei, mas a seguir ponderei durante uma longa noite e a minha consciência cívica falou mais alto. 

Aceitei convicto das tremendas dificuldades e obstáculos que me esperam, mas como ambos foram o pão de cada dia toda a minha vida, há muito que perdi o medo.  

Aceitei pela minha Beirã. 

Aceitei por todos os Beiranenses que como eu não desistiram dela e ficaram cá. 

Aceitei pela vontade de promover algumas mudanças de estratégia na gestão dos meios ao dispor desta autarquia local. 

Aceitei pelo "nosso" Ramal de Cáceres. 

Porque é chegada a hora de largarmos o desânimo e as lamentações que há dez longos anos todos carpimos e lutar ao lado do incansável Candidato à Presidência da Câmara Municipal de Marvão Jorge Rosado pela real possibilidade que se perfila no horizonte da sua reativação faseada, conforme debatem há mais de seis meses alguns representantes dos governos dos dois países irmãos.

Por mais mal intencionados que possam ser os comentários estrategicamente postos a circular para desacreditar esta realidade, eu próprio acompanhei o Jorge a Espanha a uma reunião de trabalho e testemunhei o interesse enorme e entusiasmo que "nuestros hermanos" demonstram na reativação da ferrovia que nos une desde 8 de Outubro de 1881.

O mesmo puderam constactar ao vivo e em directo todos os Beiranenses que quiseram honrar-nos com a sua presença no Fórum Luso Espanhol do passado dia 5 de Agosto na Estação da Beirã, com a participação de membros dos governos e autarcas dos dois países. 

Há vontades e interesses comuns, há financiamento disponível, há por isso a possibilidade real de se reativar logo que possível a ligação Cáceres - Valência de Alcântara - Marvão-Beirã. Assim os governos e autarquias intervenientes consigam alinhar-se na governação. 

Ouvimos todos estas afirmações na velha sala da Alfândega da nossa Estação na tarde do dia 5 de Agosto. Vai levar voltas, sim. Vai ser preciso realinhar os carris e não só, mas acredito muito sinceramente, pelo que já pude perceber nas reuniões de trabalho lado a lado com o Jorge Rosado que se ele for Presidente da Câmara de Marvão, este Concelho vai dar um salto gigantesco na direção do futuro.

É agora ou nunca, ninguém duvide. Se não soubermos aproveitar esta oportunidade única, se nos deixarmos envolver pelos interesses comesinhos só de alguns, se alinharmos pela política do mal-dizer só porque sim, se não quisermos utilizar os recursos que temos ao dispor, alguém os vai querer e os irá levar para outro lado. Ao sair da minha zona de conforto aceitando este desafio, estou já a fazer a minha parte. 

Cada um de vós faça o mesmo. Reflita bem antes de decidir seja o que for. Reflitam com consciência cívica porque o interesse coletivo, aquilo que pode de alguma forma beneficiar toda uma região e a sua população inteira é muito mais importante do que os egoístas interesses pessoais de A, B ou C. 

Porque não vivemos isolados, porque não vivemos em casulos individuais, porque somos uma comunidade viva, ordeira e pensante, precisamos todos uns dos outros.

Um fraterno abraço Beiranense a quem o queira receber.

José Coelho
07.08.2021

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Combatente para sempre

Foto José Coelho

Reconhecimento tardio quando a maior parte destes heróis nacionais já não se encontram entre nós. É numa sentida homenagem a quantos já não o irão receber que partilho o meu. Honra vos seja feita também Camaradas d'Armas. Descansai em paz. Até já.

José Coelho

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Fórum Luso Espanhol - Uma luz ao fundo do túnel?

Foto Pedro Coelho

Perspectivas de Reativação do Ramal de Cáceres

Na qualidade de Candidato à Junta de Freguesia da Beirã para as Eleições Autárquicas 2021, é com emoção e enorme expectativa que anuncio também o Fórum Luso Espanhol no qual participarão Altas Entidades e Autarcas dos dois países irmãos, para se debate e reflexão conjunta sobre as Perspectivas de Reativação do Ramal de Cáceres.

Este evento que tem a particularidade de ser a primeira iniciativa do género desde que foi decidida a sua suspensão em 2011, está marcado para as 17,00 horas da próxima quinta-feira dia 5 de Agosto de 2021 na antiga sala da Alfândega da Estação Ferroviária de Beirã-Marvão.

Independentemente das convicções de cada pessoa, as quais naturalmente aceito, compreendo e respeito, acredito sinceramente que este será um anseio comum aos Beiranenses a quem convido a estarem presentes para dessa forma poderem pessoal e diretamente tomar conhecimento de tudo o que for debatido.

Com amizade,

José Manuel Coelho