Sou, sempre fui, profundamente arreigado aos afetos. Afeiçoado à família, aos amigos, aos vizinhos e conterrâneos, sejam eles da freguesia, do concelho, do distrito, da província ou do país. Afeiçoado à minha aldeia como se ela fosse o único lugar no mundo, afeiçoado também aos animais, às aves, ao vento, à chuva e ao sol, à natureza em todo o seu misterioso esplendor. Afeiçoado ao mundo que me rodeia com muito raras exceções. O berço humilde em que nasci e a família honrada que tive a ventura de receber das mãos de Deus moldaram-me assim, razões pelas quais dou todas as noites graças, antes de adormecer...