Poucas pessoas conhecem esta espécie de sopa fria, nem sei se já alguma vez por aqui vi fotos dela. Mas cá em casa todos os verões continuamos a fazê-la. Eu, a marida e o filho mais velho, adoramo-la. O mais novo não gosta por ser avinagrada, as noras e netas também não.
Saímos cedo rumo a Espanha de onde regressámos já perto do meio dia com os termómetros a subirem em flecha e a recomendarem abrigo urgente à sombra ou sítios frescos.
- Zé, que almoçamos? Perguntou a marida!
- Uma coisa fresca, respondi.
- Umas batatinhas de salada? Inquiriu de novo.
- Excelente ideia, bora lá...
E foi assim:
Quatro batatas novas médias arrancadas já hoje pela manhã cedo, de imediato lavadas em água corrente e metidas com a pele num tacho, para cozerem. Entretanto, enquanto as batatas coziam, a marida cortou em jardineira para um recipiente, dois tomates frescos, meio pimento verde e um quarto de cebola, que reservou.
A seguir cortou um olhinho de alface fresca muito fino, tipo caldo verde, e reservou também.
Passados quinze minutos as batatas estavam cozidas e depois de escorrida a água fervente, foram metidas em água fria mudada por duas vezes ainda com a pele, para arrefecerem. Só depois lhes foi então retirada a pele e cortadas em rodelas finas para uma saladeira, adicionando-lhe o tomate, o pimento, a cebola e a alface, já cortados, azeite e vinagre a gosto, mais uma pitada de sal. E por último, água quanto baste da Fonte da Celorica, das encostas de Marvão.
Normalmente esta salada é feita duas ou três horas antes para se colocar no frigorífico um bom pedaço a refrescar ainda mais, mas hoje, como foi em cima da hora, adicionaram-se três ou quatro pedras de gelo...
Acompanhámos com azeitonas e... soube a glória!
Fica a dica, para quem quiser experimentar.