domingo, 21 de julho de 2019

Excelente reflexão para esta tarde de domingo...

Foto - José Coelho

A origem de muitas das nossas decepções é pensarmos que os outros farão por nós aquilo que nós fazemos por eles. Esperamos sempre a mesma sinceridade, o mesmo respeito e a mesma reciprocidade. No entanto, isso nem sempre acontece. Os valores que nos definem a nós não são os mesmos que vivem na mente dos outros.

Uma maneira simples de encontrar a felicidade pode residir no acto de minimizar as nossas expectativas. Quanto menos tu esperares, mais poderás receber ou encontrar. É certamente um argumento um tanto controverso, mas não deixa de ter a sua lógica.

"Não esperes nada de ninguém, espera tudo de ti mesmo, desse modo o teu coração irá sofrer menos decepções.”

Todos nós sabemos que no que diz respeito às nossas relações é impossível não ter expectativas. Esperamos que os outros tenham certos comportamentos e desejamos ser respeitados, defendidos e valorizados. Agora isso não impede que, por vezes, estas previsões falhem. 

Quem espera muito dos outros, geralmente acaba ferido.

Ninguém erra ao procurar ver sempre o lado bom das pessoas. Temos o direito de vê-lo, encontrá-lo e até mesmo promovê-lo, mas com alguma cautela. Porque a decepção é a irmã das expectativas elevadas, é mais apropriado não se deslumbrar antes de tempo.

As aparências não nos costumam enganar, o que muitas vezes costuma falhar são as nossas próprias expectativas sobre os outros. Podemos esperar muito dos demais mas o certo é esperar sempre mais de nós mesmos.

Para te ajudar a deixar de esperar muito das pessoas ao teu redor, lembra-te do seguinte: Ninguém é perfeito. Nem sequer nós mesmos. Se fôssemos agradar às expectativas que os outros têm sobre nós, viveríamos stressados e infelizes. Por vezes é impossível, ninguém é um exemplo de perfeição ou de virtude absoluta. Basta respeitar-mo-nos uns aos outros e exercer a reciprocidade da forma mais humilde possível.

Aceita que nem sempre temos que receber algo em troca. Às vezes o melhor é aceitar que os outros são como são e que nem sempre vão fazer por nós aquilo que nós estaríamos dispostos a fazer por eles. E, claro, existem sempre aquelas pessoas que simplesmente não valem a pena. Que não nos respeitam nem nos merecem ter na sua vida.

Nesses casos é necessário desapegar-mo-nos, por mais difícil que possa ser. Para concluir: quanto menos esperamos, mais surpresas podemos ter. Dessa forma seremos um pouco mais livres e a nossa felicidade será menos dependente do comportamento dos outros.

Somos todos falíveis, somos todos seres maravilhosamente imperfeitos que tentam viver num mundo onde, por vezes, decepções caóticas são inevitáveis, mas no qual também habitam o amor sincero e amizades duradouras.

Valeria Sabater