Foto "As Viagens do Zé Gargaté"
- Pai, tens algum compromisso entre 12 e 16 de Maio? Perguntou uma noite ao serão, pelo telefone, o filhote Manel Coelho.
- Em princípio, não… Respondi.
- Então não se comprometam com mais nada porque vão estar ocupados nesses cinco dias. Concluiu, sem dar mais qualquer explicação.
Poucos minutos depois, chega-me pelo WhatsApp no telemóvel, o seguinte recado:
“É com muito gosto que a rapaziada que mora na Escusa oferece esta prendinha aos “Chefes” da família Coelho que bem merecem (até merecem muito mais) e a informar que está tudo marcado e tratado. A saída será de Castelo de Vide, por isso vão fazendo as malas que quando houver mais indicações, aviso. Beijinhos”.
Mal refeito da surpresa, agradeci e informei a “patroa” que ficou radiante com a novidade, porque passeios é com ela! Eu sou muito mais caseiro, mais apegado ao meu cantinho sossegado e um pouco avesso a esses “reboliços”.
Mas fiquei feliz e obviamente grato “à rapaziada que mora na Escusa” pelo seu carinho e generosidade. E assim começou esta inesperada “aventura” que nos levou a Espanha, a Andorra e a França, num passeio memorável muito bem organizado por “As viagens do Zé Gargaté” de Castelo de Vide e em muito boa companhia.
Feitas as malas e chegado o dia da partida num confortável autocarro, assim que entrei na viatura tive logo a primeira grande alegria e surpresa! Os queridos amigos de toda a nossa vida, Clara e Manuel Antunes, os quais, para maior alegria ainda dos quatro, viajavam precisamente nos bancos ao lado dos nossos, no outro lado do corredor.
Foi espetacular e inesperadamente feliz o início da viagem, pois havia tanto tempo que não tínhamos oportunidade de estar juntos e conversar demoradamente, que estes cinco dias juntos eram a cereja no topo do bolo.
Mas não terminariam ali as surpresas! Na paragem seguinte em Alpalhão, aguardavam o autocarro para viajarem também conosco o António Maria Marques que vive há muitos anos no Entroncamento mas é nosso quinto – meu e do Manuel Antunes – e dos Barretos na nossa freguesia, com a sua esposa, a Maria Antónia, da Ranginha, amiga dos tempos de moça e da Celtex, da minha MariManuela!
Era impossível imaginar três quintos e esposas, todos conterrâneos e amigos, numa viagem aleatoriamente marcada pelos interessados a partir da Escusa, de Portalegre e do Entroncamento, sem saberem uns dos outros.
Bem se diz que o de tem de ser, tem muita força! Para além da excelência da viagem por uma rota escolhida pelo Zé Gargaté, esta “ajuntada” de seis bons amigos tornou-a numa alegria permanente que durou os cinco dias inteiros.
Nunca mais nos separámos a não ser à noite nos hotéis quando cada casal recolhia aos seus aposentos.
Pequenos-almoços, almoços e jantares sempre a seis, viagens e visitas sempre conjuntas numa harmonia de quase irmãos. Foi bonito e foi muito agradável. Muito, mesmo. Se tivesse sido planeado, provavelmente não teríamos conseguido esta harmonia e perfeição de programa.
Depois, bem, depois, foi ouro sobre azul. Uma viagem espetacular por lugares de sonho. E se foi muito gratificante conviver toda a viagem com estes amigos de infância, também toda a outra tripulação do autocarro eram cinco estrelas, gente amiga, divertida, do melhor.
Os dois motoristas cinco estrelas em profissionalismo e competência a proporcionarem-nos viagens tranquilas, confortáveis e seguras cem por cento.
O Zé Gargaté inquestionavelmente um organizador sempre disponível e incansável nas atenções para com toda a gente.
E o Rafael Silva – Rafa – como todos amigavelmente o apelidávamos, é um guia que merece não apenas cinco, mas dez estrelas também. Para todos, mesmo todos, o nosso muito sincero OBRIGADO.
Ficou muita vontade de irmos mais vezes, embora por motivos de saúde que é preciso resolver no bloco operatório provavelmente no corrente ano não nos deva ser possível. Contudo, após a recuperação e se tudo correr bem, provavelmente iremos “alinhar” em mais aventuras como a que acabámos de viver.
Até lá e…
Cuidem-se!