Foto by José Coelho ' 2010
Marcou vidas, chegadas e partidas durante décadas. Certinho, limpinho e lustroso. Vaidoso da sua pontualidade. Hoje jaz parado na hora e minuto em que deixou de poder contar com a mão humana que dele cuidava. Coberto de pó, de teias de aranha e excrementos de pardais que sobre ele pousam ou dormem. Rodeado de silêncio, portas fechadas e abandono, à espera de algum ocasional visitante. Um contador do tempo que parou no tempo por lamentável sentença de quem (nem sempre bem) decide...
José Coelho, junho'18