Foto by Pedro Coelho
Esta foto magnífica de ervas do nosso quintal cobertas de gelo numa manhã de inverno foi concebida pelo meu fotógrafo favorito e mostra sem deixar lugar a dúvidas que o frio não é novidade por terras do norte alentejano.
Desde que me conheço que todos os anos por esta altura vejo transformada numa pedra de gelo sólido a pia das galinhas e até o balde onde os nossos cães bebem água durante o dia. É INVERNO, porra...
Entre 1993 e 2003 quando tinha que sair de casa às sete da manhã no meu Corsa para ir nele até Portalegre onde trabalhava, era também normalíssimo, a partir de finais de novembro e mal o carro saía da garagem, o mostrador do termómetro digital marcar imediatamente -1 ou -2º graus e informar-me em letras vermelhas "Atenção gelo".
E se cá ao cimo da aldeia marcava -1 ou -2º, era certo e sabido que lá em baixo junto à via férrea marcava -3 ou -4. Ao começar a descer a serra de Marvão a partir do Jardim-Portagem-S. Salvador e até aos Alvarrões, era sempre a marcar -4 ou -5º. Todos os invernos são assim por estas bandas.
TODOS.
Que o digamos nós na Beirã, assim como os moradores de todo o vale da Aramenha, Prado, Escusa, Castelo de Vide, Martinho...
TODOS.
Que o digamos nós na Beirã, assim como os moradores de todo o vale da Aramenha, Prado, Escusa, Castelo de Vide, Martinho...
Não percebo sinceramente tanto alarido, tantos avisos, tanto prenúncio de castástrofe. Porque quem vive cá pelo interior, sabe muito bem, conhece e trata por tu o frio a sério.
Mas DESDE SEMPRE.
Mas DESDE SEMPRE.
Haja pachorra...