domingo, 29 de março de 2015

Coisas que leio...

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Aceitará a população morrer passivamente?

As pessoas estão revoltadas. A parasitagem do território pela nova-rica classe política, é mais crua e brutal do que o foi a exploração das colónias. Fizeram-no e fazem-no sem ao menos mostrar um pingo de sentido de Estado. O país tornou-se politicamente inviável. Deixou de ser possível viver aqui, ou a breve prazo, deixará.

Mas as pessoas devem revoltar-se desde logo consigo mesmas. E não digam que os sinais não eram evidentes. Há muitos anos que o país está à beira da morte por inanição.

E as contas são simples: o território rondava os onze milhões em 1974 (talvez um pouco mais) e recebeu mais um milhão de retornados no ano seguinte. Em 1990 andava a população nos oito milhões (porventura um pouco mais). 

Uma quebra de população de quatro milhões de pessoas, aproximadamente, em 15 anos, equivale a uma hecatombe militar.

No final dos anos 90, e durante a primeira década do novo século, a droga roubou a vida a centenas de conhecidos meus. De todas as falanges sociais. Ninguém quis saber.

A minha geração, chegada aos 30 sem conseguir sair de casa dos pais e saturados de lhe chamarem “geração rasca”, decidiu emigrar. Este ano, foram 300.000. Mas não culpem disso Passos Coelho, que quando os mandou emigrar, fez a única coisa honesta de que me lembro ter sido feita por este governo. Noutros anos os “resultados” foram semelhantes. 

Já no Governo anterior não me lembro de honestidade nenhuma. Mesmo quando os cortes salariais eram aprovados, já no 3º PEC, a passividade catatónica continuou. Mesmo quando o próprio Estado, no governo sócrates, usou os recibos verdes em despudorada fraude à lei, para explorar mais e mais jovens. E até menos jovens. É interessante o grau de miséria que consegue construir-se prometendo a prosperidade.

A pergunta que se impõe, é evidente: quem é que agora vai pagar as reformas?
Nada obriga as gerações futuras a pagar seja o que for.
Nada as obriga sequer a continuarem aqui.
E a verdade é que esta é uma realidade da qual só agora a população em geral se apercebeu. Foi preciso, num ano, o país perder 300.000 jovens. Números oficiais (imaginem os reais).

Se António Costa é a solução?
Como é que o pode ser se foi e é parte do problema?
O que espera a geração dos meus pais?


Dino Barbosa in noticiasonline.eu