Foto José Coelho, após a celebração.
Aos 07 de Março de 2015 nasce este blogue que tal como o seu antecessor TocadosCoelhos pretende apenas ser um ponto de encontro e de entretenimento pautando-se sempre pelas regras da isenção, da boa educação e do civismo em geral. Sejam bem-vindos.
sábado, 29 de julho de 2023
Aqueles que amamos, nunca morrem
Bom descanso
sexta-feira, 28 de julho de 2023
quinta-feira, 27 de julho de 2023
Minha Mãe
Minha
mãe, minha mãe! Ai que saudade imensa
do
tempo em que ajoelhava, orando ao pé de ti.
Caía
mansa a noite; e andorinhas aos pares
Cruzavam-se,
voando em torno dos seus lares,
suspensos
do beiral da casa onde eu nasci.
Era
a hora em que já sobre o feno das eiras
dormia
quieto e manso o impávido lebreu.
Vinham-nos
da montanha as canções das ceifeiras,
e
a lua branca, além, por entre as oliveiras,
como
a alma dum justo, ia em triunfo ao Céu.
E,
mãos postas, ao pé do altar do teu regaço
vendo
a lua subir, muda, alumiando o espaço
eu
balbuciava minha infantil oração,
pedindo
ao Deus que está no azul do firmamento
que
mandasse um alívio a cada sofrimento,
que
mandasse uma estrela a cada escuridão.
Guerra Junqueiro
Ofereça o melhor de si
quarta-feira, 26 de julho de 2023
Dia dos Avós 2023
terça-feira, 25 de julho de 2023
Mentalidades de caciques
Compreendi
o manifesto receio que muitas pessoas tinham de serem vistas a conversar comigo
na rua quando fui candidato à Junta de Freguesia pois era perfeitamente implícito
nos seus gestos nervosos e olhares em redor, não fosse aquilo prejudicar o seu emprego,
ou o de alguém da sua família. Basta saber o que aconteceu àquela senhora – não
importa o nome – a quem não foi renovado o contrato de trabalho a termo certo, após
o companheiro que com ela vivia ter feito parte das listas do projeto adversário,
em anteriores eleições autárquicas.
Dizem os provérbios que, “quando vires as barbas do vizinho a arder, põe as tuas de molho”. E pelo sim, pelo não, “mais vale prevenir do que remediar”.
Por isso, sinceramente, compreendi.
Compreendi melhor ainda, porque fui um dos primeiros Beiranenses pós-revolução a ter de emigrar para outras paragens em 1975 por motivos perversos que me empurraram de cá para fora. Coisas feias que me magoaram e desiludiram mas ao mesmo tempo que também me ensinaram muito acerca da imprevisibilidade da índole humana, mesmo a de quem julgamos conhecer bem.
Percebi naquela altura que as pessoas não são o que parecem, são o que são. E, pior um pouco, percebi desta vez também que passados cinquenta anos pouco evoluímos e nada mudou. Fui obrigado a emigrar à força e rumar ao coração da Beira Baixa e por lá permanecer nos cinco anos seguintes até ingressar nas forças de segurança. E a causa disso não foi a falta de emprego por estas bandas mas a nefasta “partidarite” que se transforma em fanatismo na mente de quem se agarra ao poder como cão a um osso e arreganha os dentes à simples aproximação de qualquer adversário a quem se atira sem dó, quando vê ameaçado o poder que julga ser exclusivamente seu.
Mais duro ainda foi saber que tais comportamentos vinham do próprio seio familiar e de pessoas que considerava excelentes amizades. Deu para perceber que quer uns quer os outros nunca foram capazes de tolerar o tão livre como democrático direito de alguém poder escolher opções diferentes das suas. É absolutamente extraordinário que cinquenta anos depois e por mais ridículo que possa parecer, continuem a existir ainda estas mentalidades de caciques que olham de lado e tentam fazer a vida negra a quem se atreve a opor-se-lhes, a pensar de forma diferente, ou a promover outra estratégia que não a sua.
É por demais evidente que abril de 1974 nos libertou da velha e caduca ditadura do Estado Novo mas é notório também que para esses pseudo-democratas de remotas aldeias como a minha, deste Portugal profundo, quem não for da sua “elite” partidária, continua a ser um alvo a abater. Mentes que não evoluíram nada de nada e praticam exatamente a mesma odiosa política totalitária do regime fascista deposto há cinco décadas cuja mentalidade era a do:
"Quem não for por nós, é contra nós”.
Sofri com isso confesso, mas nunca desejei mal algum a quem por diversas formas me prejudicou. A vida sem dúvida alguma vai-se sempre encarregando de colocar cada coisa no seu lugar e por outro lado fui particularmente compensado pelo privilégio de conhecer pessoas extraordinárias dos quatro cantos do meu concelho, de trabalhar e conviver belíssimos meses lado a lado com esses íntegros e generosos Marvanejos que numa alternativa credível, séria e competente, compunham as candidaturas e respetivas listas a todos os órgãos autárquicos do meu concelho.
Juntos partilhámos o intrínseco valor da integridade e da lealdade sem truques, sem malabarismos e mentiras, apelando apenas sempre à solidariedade e amizade de quem em consciência desejasse uma mudança na estratégia governativa concelhia e decidisse confiar no nosso projeto. O povo votou, cumpriu-se a democracia e nada mais houve a fazer do que cumprir também a sua expressa vontade. Porém e em vésperas do 50º aniversário da Revolução de Abril não é já de todo admissível alguém não entender que um adversário político não é, nunca foi e nunca há-de ser um inimigo a abater, mas apenas mais um conterrâneo, um Marvanejo, um vizinho, um amigo ou até um familiar, que tem e defende as suas ideias políticas.
Goste-se ou não, esse inealienavel direito é concedido pela Constituição da República Portuguesa. E é no seu íntegro e cabal cumprimento que se exerce a Democracia.
José Coelho
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Boa semana
Foto José Coelho
domingo, 23 de julho de 2023
Carpe Diem
Aproveita
o dia, não deixes que ele termine sem teres crescido um pouco, sem teres sido
feliz, sem teres alimentado os teus sonhos.
Não
te deixes vencer pelo desalento.
Não
permitas que alguém te negue o direito de te expressares, que é quase um dever.
Não
abandones a ânsia de fazer da tua vida algo extraordinário.
Não
deixes de crer que as palavras e as poesias, podem mudar o mundo, porque, passe
o que passar, a nossa essência continuará intacta.
Somos
seres humanos cheios de paixão.
A
vida é deserto e oásis, derruba-nos, lastima-nos, ensina-nos e converte-nos em
protagonistas da nossa própria história.
Ainda
que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma
estrofe.
Não
deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não
caias no pior dos erros: o silêncio. A maioria vive num silêncio espantoso.
Não
te resignes, nem fujas.
Valoriza
a beleza das coisas simples, pode fazer-se poesia bela, sobre as pequenas
coisas.
Não
atraiçoes as tuas crenças. Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos
remar contra nós mesmos. Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta
o pânico que provoca ter a vida toda por diante. Procura vivê-la intensamente
sem mediocridades.
Pensa
que em ti está o futuro, encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprende
com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não
permitas que a vida se passe sem a teres vivido...”
Walt
Whitman
(1819-1892)
sábado, 22 de julho de 2023
quarta-feira, 19 de julho de 2023
terça-feira, 18 de julho de 2023
Para quem não souber
Não, não vale tudo...
segunda-feira, 17 de julho de 2023
Gratidão
domingo, 16 de julho de 2023
Dia da Padroeira 2023
sábado, 15 de julho de 2023
En el camino...
sexta-feira, 14 de julho de 2023
Viver e crescer
É impossível atravessar a vida sem que um trabalho saia mal
feito, sem que uma amizade nos desiluda, sem padecer com alguma doença,
sem que um amor nos abandone, sem que ninguém da família morra, sem
que a gente se engane em algum momento.
Esse é o custo de viver.
Mas o importante não é o que acontece, mas sim como você reage.
Você cresce quando não perde a esperança, quando não perde a vontade
de lutar nem deixa de acreditar que vai conseguir.
Quando aceita a realidade e tem orgulho de a viver.
Quando aceita o seu destino ou tem garra para o mudar.
Quando aceita o que deixou para trás, constrói o que tem pela frente e
planeia o que está para vir.
Cresce quando se supera, quando se valoriza e sabe dar frutos.
Cresce quando abre caminho, assimila experiências e semeia raízes.
Cresce quando se impõe metas, sem se importar com comentários.
Cresce quando é forte de caráter, sustentado pela sua formação, sensível
pelo temperamento e humano por natureza.
Cresce quando ajuda os seus semelhantes, quando se conhece a si mesmo e dá mais à vida do que aquilo que dela recebe.
Suzana Carizza
quinta-feira, 13 de julho de 2023
Amigo, à nossa...
quarta-feira, 12 de julho de 2023
Demorou, mas aprendi
terça-feira, 11 de julho de 2023
Prodígios da Natureza
Cravina-de-sintra/Dianthus-cintranus
nascida e a reproduzir-se sabe Deus como e com que alimento, numa diminuta
reentrância natural do topo de um penedo bruto, sólido e maciço, junto à
muralha, dentro da Vila de Marvão. Verdadeiro prodígio da natureza porque é
escassa a fonte de alimento desta exuberante planta que deverá ser apenas as
suas próprias raízes e mais alguns líquenes ou musgos que a humidade e o frio
do inverno fizeram nascer na rocha viva...
José Coelho
(Texto e foto)