Longe vai já o tempo
em que nesta casa e nesta noite nos juntávamos mais de trinta comensais na sala de
jantar para celebrarmos a Noite de S. Martinho. Sopa da pedra, vinho novo da casa, maçãs assadas no forno de lenha,
marmelos cozidos em calda de açúcar, dióspiros, nozes e avelãs, biscoitos escaldados,
castanhas e jeropiga. E um grande lume na lareira para aquecer e tornar ainda
mais acolhedor o ambiente de festa e de harmonia. Mas, sobretudo, aquela união
de toda a família próxima e distante desde os progenitores que já partiram, às
irmãs, cunhados, sobrinhos e primos até à terceira geração. Porque é que as
coisas realmente boas têm de ser sempre assim tão breves?
José Coelho - Texto e fotos