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Há dias assim.
Especiais.
Por ser dia santo de Corpo de Deus?
Talvez...
Eu acredito n'Ele desde que me conheço....
Mas vamos aos factos:
Logo pela manhã a oferta mais-que-divina de um delicioso concerto do tal rouxinol que veio pousar no nosso limoeiro, encantado talvez pelo brilhante verde dos novos rebentos que o compõem agora, depois da severa poda que levou.
Foi uma visita invulgar aqui pelo cimo dos canchos onde eu moro porque "esses artistas" gostam mais de actuar na frescura do arvoredo e silvados das margens do ribeiro da Cavalinha ou da fonte da Murta onde é comum ouvir os seus melodiosos trinados.
Ouvir tão conceituado tenor enquanto se degusta uma torrada de pão caseiro com manteiga dos Açores e uma caneca de aromático café acabado de fazer, é quase viver no paraíso.
Foto by José Coelho
Mas não terminou ali o nosso singular dia de Corpus Christi...
Caía a tarde quando o telefone tocou.
Do outro lado, a mana mais velha da dona da casa, recomenda-lhe que passe por lá, quando puder:
- Irei, logo que baixe mais este calor... Respondeu-lhe
Quase 40º hoje.
Começou o braseiro alto alentejano!
E lá foi a mana mais nova, conforme o combinado.
- É para te dar uma cesta de alperces e um alguidar de ovos...
Em dias destes a gente quase consegue esquecer o abandono que nos rodeia e sentir-se abençoado por ainda cá viver.
Obrigado a quem providenciou, fosse quem fosse!
Disse.