segunda-feira, 29 de julho de 2024

Amigos a sério, só eles


É apenas uma imagem da net da qual não conheço o autor mas gosto dela porque me transporta àquelas tardes em que chegava do trabalho, lanchava qualquer coisa e saía logo a seguir com o nosso Rex, um cão de raça Labrador cujo perfil era igualzinho ao da imagem e que olhava dessa mesma forma para mim inúmeras vezes enquanto caminhávamos - e conversávamos - juntos até ao anoitecer pelo sossego dos campos da minha Beirã.
Era lindo, o Rex. Negro como uma amora madura e mais inteligente do que algumas pessoas. E era também amigo, até à medula. Conosco viveu feliz uns bons anos até a leshmaniose aparecer em meados dos anos 90 para o infetar e provocar prematuramente a sua morte por eutanásia, em virtude de nesse tempo ainda não haver vacinas e a perigosidade ser desconhecida causando natural receio ao veterinário que a diagnosticou, pela pouca informação então existente.
Adorado por todos nós, foi deveras traumatizante. A família fugiu toda para o primeiro andar para não assistirem a nada. De coração triste mas entendendo ser o melhor que havia a fazer quer para acabar com o sofrimento do nosso querido amigo já com várias feridas incuráveis, quer por razões sanitárias para proteger a nossa saúde, chamei pelo Rex, já debilitado, mas que obedientemente veio ter comigo sem hesitar.
Sentei-me no chão da tapada que faz parede com a nossa casa indicando-lhe o chão ao meu lado e o meu colo, dizendo:
- Rex, deita aqui!
E ele deitou-se no chão ao meu lado e pousou a cabeça no meu colo tranquilamente, nada desconfiado com a presença do Dr Veterinário que entretanto ia preparando a seringa. Tentei ser forte mas não consegui. As lágrimas como punhos começaram a correr-me cara abaixo enquanto lhe acariciava a cabeça como que a pedir-lhe desculpa.
O Dr colocou o garrote elástico na pata para lhe salientar a veia sem dizer nada, com profissional precisão introduziu a agulha e muito lentamente começou a premir o êmbolo da seringa. Ainda o fatal líquido ia a meio e já o Rex aparentemente dormia. Deu um suspiro longo e descansado e quando o injetável chegou ao fim já ele estava morto. O nó na minha garganta não me deixava quase respirar e era incapaz de falar.
O Dr percebeu a minha incapacidade e disse apenas:
- Vou-me embora, falamos depois.
Fiquei sozinho com o meu inseparável amigo até ele arrefecer. Por detrás das cortinas da janela do primeiro andar os filhos e a mulher espreitavam e choravam também. Por fim fui buscar uma enxada, cavei uma cova funda o suficiente para o sepultar ali mesmo onde ainda permanece, cortei um braçado grande de silvas e cobri a cova colocando em sua volta uma fileira de pedras grandes para impedir que os javalis, os saca-rabos ou outros predadores selvagens que por aqui abundam o tentassem desenterrar para devorar.
Depois do Rex veio a Sacha uma cadela da mesma raça e talvez por isso menos corpulenta, veio também um caniche - o Bolinhas - rejeitado pela família que o comprou mas depressa se fartou dele e tencionava mandar abater. Ambos morreram já velhotes. Finalmente, depois desses dois bons amigos, veio a estouvada Suri, uma cadela gigante Labrador cruzado com Pastor alemão que esteve conosco treze anos e teve de ser eutasanada também com um tumor maligno gigante numa pata traseira.
Mais um desgosto e a decisão definitiva de não querermos passar nunca mais por problemas desses. Mas confesso que sentimos a sua falta, principalmente por não existir nenhum ser humano capaz de ser amigo como o são os de quatro patas. Por isso, desde que a Suri se foi na Sexta-Feira Santa da Quaresma de 2022, nunca mais tive amigos a sério...

Bos recordos


Cumprem-se hoje precisamente sete anos que fizemos esta foto no ponto mais alto da Serra do Larouco em Montalegre, a segunda mais alta de Portugal. Dali seguimos para Pitões das Júnias no coração da Serra do Gerês onde almoçámos, no Restaurante Casa do Preto, uma típica feijoada à transmontana, provavelmente a melhor que comi na minha vida.

Férias 2017

Almoço Alentejano dos ceifeiros

Já choveu, já trovejou, mas o calor não arreda pé. Por isso para o nosso almoço sai um gaspacho como a minha mãe fazia. Poejo, alho e sal pisados no almofariz, tomate maduro, cebola, pimento verde, azeitonas e pão duro, tudo migado em pequenos pedaços, azeite do bom, vinagre de vinho branco feito por mim e água bem fresquinha da Fonte da Celorica, acompanhado com toucinho fumado e cortado em fatias finas, paio, chouriço e morcela. A minha mãe também adicionava pepino em cubos, mas nós como não apreciamos esse legume, nunca pomos. Servidos?
- 29. 07. 2024

Celebrating


A celebrarmos o aniversário da nossa muito estimada comadre Mimi com a Família. Porque a vida não pára, e, quer a amizade, quer o amor e a união familiar, merecem sempre ser celebrados...


- 27. 07. 2024

O tempo não precisa de tempo para mudar


E tal como estava anunciado, os primeiros trovões soaram ao meio dia e dois minutos, enquanto os primeiros pingos de chuva começaram a cair ao meio dia e seis. A chuva faz falta mas a trovoada, com este calor e secura, é um potencial perigo de incêndio. Esperemos que não...

- 29. 07. 2024

sábado, 27 de julho de 2024

Dez anos sem ti


As mães nunca morrem. Elas entardecem, tingem de nuvens os cabelos e viram pôr do sol. (Marcos Luedy).

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Dia dos Avós

MARIANA
FRANCISCA
FILIPA

Feliz Dia de Santa Ana e de São Joaquim, Pais da Virgem Maria e Avós de Jesus, escolhido por esse facto para festejar o Dia Mundial de Todos os Avós. Conosco só temos a querida neta caçulinha Mariana, mas no nosso coração e amor de avós extremosos temos também presentes as outras duas netas Francisca e Filipa, para quem enviamos beijinhos e abraços, assim como para os seus papás!

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Tempo de fora e tempo de dentro


Todos envelhecemos, mas nem todos envelhecemos da mesma maneira. A uns, envelhecem os olhos; a outros, envelhece o olhar. A uns, envelhece a boca; a outros, envelhece o beijo. A uns, envelhece o pescoço; a outros, envelhece o colo. A uns, envelhece a memória; a outros, envelhece o sonho. A uns, envelhece o corpo; a outros, envelhece a alma. O tempo de fora é o tempo de vida; o tempo de dentro é a vida do tempo.
Elisabete Bárbara

Foto Pedro Coelho
- 24. 05. 2024

25 de julho - Solenidade do Apóstolo Santiago


São Tiago não é um mito qualquer. Foi um dos discípulos de Jesus Cristo. E estarmos junto do seu túmulo na Catedral em Santiago de Compostela é, de certo modo, sentirmo-nos também mais próximos do Filho de Deus em quem cremos. Pessoalmente foi para mim um dos dias mais bonitos e emotivos da minha vida. Chorei durante toda a missa sem conseguir conter as lágrimas, ainda hoje não entendo porquê. Tenciono voltar mais vezes...

José Coelho
Foto Catedral de Santiago

Chama-se amor-próprio

Às vezes é necessário esquecermos o que sentimos para nos lembrarmos do que merecemos.

- 21. 07. 2024

Meu vício de ler...



São demasiado pobres os nossos ricos

A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.

A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.

O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito concavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.

As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos!

São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.

Mia Couto

Republicação (só porque sim)

Não, não vale tudo
Para mim nunca valeu. Nunca vai valer. Fico boquiaberto com as coisas que vejo e ouço pronunciadas de viva voz, que leio escritas por pessoas que eu até respeitava, considerava sensatas, bem formadas, pessoas por quem poria a mão no fogo, mas que fui percebendo aos poucos nunca mereceram essa consideração e respeito. Porque educação, princípios e integridade de carácter, ou se têm, ou não. Ponto. E só quem delas tem enorme défice é capaz de, sob a cobertura da liberdade de expressão, pronunciar, escrever e publicar, textos inqualificáveis para denegrir, achincalhar e ofender os seus semelhantes.
Seja a que pretexto for.
Com a maior cara de pau arvoram-se em arautos da opinião coletiva sem que ninguém para tal lhes confira tal estatuto.
Desde muito novo percebi que a vida é complicada. Pertenço, com infinito orgulho, à classe desfavorecida que comeu sempre o pão que o diabo amassou, vivendo paredes meias com famílias que não tinha essas dificuldades por serem funcionários públicos na sua maioria e auferirem ordenados certos e seguros, enquanto os meus pais trabalhavam dia e noite para conseguirem auferir o mínimo dos mínimos que mal dava para sobrevivermos todos.
Infinito orgulho sim, porque apesar de não haver abundância na dispensa da nossa casa, na arca da roupa de vestir e de modo geral no dia a dia, havia, de certeza absoluta, honestidade, vergonha na cara, respeito uns pelos outros e muita educação. E essa foi inquestionavelmente a mais valiosa herança que deles herdei e que muito agradeço.
Que Deus os tenha e guarde na Sua santa paz.
A inveja pela vida dos outros simplesmente não existia, a tentação daquilo que não nos pertencia era impensável, o uso de linguagem imprópria e ofensiva da dignidade de alguém não era sequer uma hipótese. Longe vão esses tempos em que o respeito era uma garantia inviolável para qualquer cidadão fosse rico ou pobre, assim como na vida em comunidade, que, apesar das carências de toda a espécie, era sossegada e minimamente feliz.
Nenhuma liberdade e nenhuma democracia conferem seja a quem for, o direito ao abuso da dignidade e respeito devidos a outrem. Existem demasiadas pessoas manhosa e deliberadamente confundidas acerca do que é o direito ao uso da liberdade de expressão, só porque vivemos em democracia.
Pessoas deslumbradas com o seu híper-ego e cujo discurso destila veneno nas intenções. Só não consigo perceber porquê. Maldade? Inveja? Rancor? Senso a menos? Ou será pura e simplesmente ausência de princípios? Não sei. Também, sinceramente, não me interessa. Que se deleitem na sua mesquinhez, que se afoguem na insidiosa verborreia que as inspira, que, sei lá, vão para o diabo que as carregue.
Pela parte que me toca é muito fácil resolver, evitando pura e simplesmente a convivência com gente assim. Para grandes males, grandes remédios. Ninguém me desilude duas vezes.
Porque, tenham santa paciência, não vale tudo.
Mas é que não vale, mesmo!

José Coelho

terça-feira, 23 de julho de 2024

Ó p'ra eles

Tal pai, tal filha. Herança genética 100%
Foto Manel Coelho - jul 2024

O tempo não pára e a gente só repara quando ele já passou

Onde fores feliz, fica. Onde os abraços forem os mais fortes, demora-te.

Onde o amor for um bem escasso, cuida-o...

sábado, 20 de julho de 2024

Sê como és


Faz o bem sem olhares a quem e sem esperares nada em troca, porque essa é, seguramente, a fórmula mais pura da felicidade.

Sorri sempre mesmo diante das dificuldades e nunca te envergonhes das tuas lágrimas quando delas necessites.
Sê humilde e generoso sem esperares recompensas, abre as mãos e oferece sem hesitar a tua ajuda a quem dela precisar.
Chora e sofre porque és humano, mas luta sempre para vencer os obstáculos, sem deixar que o cansaço te derrote e que o desânimo ou o preconceito te dominem.
Aprende a defender os teus ideais e a amar os teus semelhantes, conquista os teus amigos apenas pelo que tu és e nunca pelo que eles querem que tu sejas.
Saber ganhar e saber perder é uma conquista rara, mas consegue-se. Tem fé e acredita em Deus se fores capaz, vive cada momento da tua vida como se fosse o último.
Acredita que a tua vida não é melhor nem pior do que a dos outros e nunca te sintas maior ou menor que ninguém mas igual. Faz com que a tua vida seja uma conquista de sucessos e aproveita cada oportunidade que ela te dê.
Ainda que te sintas ferido pela má conduta ou ingratidão de alguém, nunca percas a capacidade de amar, porque é no amor que estão as chaves que abrem as portas da felicidade.

- 20. 07. 2024

quinta-feira, 18 de julho de 2024

De coração cheio


 

Mais um Dia da Padroeira. O octogésimo primeiro desde a Sua chegada à Beirã e o septuagésimo segundo do meu já longo caminho. E mais um apenas na vontade de se honrar com a merecida devoção e dignidade a querida aniversariante Senhora do Carmo, a segunda Mãe dos Beiranenses que aqui se deslocam em massa neste dia vindos de todos os lugares mais ou menos longínquos.
Foi também, simultaneamente mais um Dia Maior na Paróquia. Faço parte desta Comunidade Cristã desde meados de 1958 quando pela mão do saudoso padre Joaquim Caetano “entrei ao serviço” desta Senhora mais do Filho que tem ao colo na forma física, e a Seus pés, na forma Eucarística dentro do Sacrário, no altar-mor desta Casa para onde vieram morar no dia 16 de julho de 1943.
Não tem sido fácil ser paroquiano e continuar tais tarefas desde agosto de 2012 quando o encerramento do Ramal de Cáceres decretou o quase completo abandono da aldeia por mais de dois terços da sua população ativa, nela permanecendo desde então apenas os mais velhos que se têm ido finando, deixando mais sós, mais vazias, casas, ruas e naturalmente a igreja também.
A Paróquia com pároco residente desde a sua elevação paroquial, assim como a Igreja até então sempre repleta de paroquianos de todas as idades nas missas dominicais ou festivas, deixou desde então de contar com pároco residente e de ter missa dominical, passando a contar apenas com uma missa vespertina ao final da tarde de cada sábado, com meia dúzia de participantes, quase sempre os mesmos, tornando-se rotina ver os bancos vazios na nave em número muito superior ao dos participantes.
Resta a exceção deste dia 16 de julho de cada ano. Ao meio-dia na Solene Eucaristia da Padroeira e depois às nove da noite, vindos de todo o lado, como que por milagre – o milagre do amor de filhos – a igreja enche-se e apinha por completo quer a nave quer o coro superior, com devotos que não temem a canícula sufocante do meio-dia no exterior ou no interior do templo e se aprestam a jantar mais cedo para participarem nas duas solenidades.
Este ano foram particularmente belas, dignas e participadas. O Coro Paroquial com apenas dez vozes, em que a mais jovem tem 62 anos e a mais decana acima dos 80, teve a preciosa participação de uma Senhora Professora de Canto e Soprano acompanhada ao piano por Emanuel Schweikert e que na Aclamação ao Evangelho interpretou o "Aleluia de Mozart", no Ofertório a "Ave Maria de Schubert", na Comunhão o "Panis Angelicus de C. Frankl" e no final o "Canticoreum de Hàndel", perfeitamente integrados sem a menor falha ou hesitação, nos restantes cânticos litúrgicos interpretados pelo Coro, numa sintonia perfeita que a todos encantou.
Atrevo-me a dizer que foi talvez a mais bonita e bem conseguida celebração de toda a minha vida, nestas funções. Muitos têm sido os elogios vindos das mais diversas fontes, mas confesso-vos que o que mais se encaixou no meu sentir foi a frase de uma pessoa amiga que muito emocionada ainda, me disse à noite, antes do início da Procissão das velas:
- Zé Manel hoje estou de coração cheio…
Obrigado a quem se empenha em continuar a servir esta tão pequenina Comunidade Cristã, quer no minúsculo Coro, quer no arranjo dos altares, limpeza e arrumação da igreja, não só nestes dias de festa com o templo a abarrotar de devotos, mas ao longo de todos os dias, semanas e meses nos muitos anos que por cá já andamos, apesar de sermos quase sempre os mesmos e cada vez menos.
Obrigado de coração à Soprano D. Filomena, pela devoção, carinho e beleza da sua magnífica voz nesta Solene Eucaristia da Padroeira. Foi simplesmente divinal!
Obrigado ao Emanuel Schweikert pelo desempenho musical quer no acompanhamento do Bel Canto quer ainda pelos preciosos acordes que veio ensaiar conosco e nos ajudou a solenizar mais e melhor os cânticos litúrgicos ao longo da celebração.
Saiu tudo na mais completa harmonia e sem uma falha sequer.
Obrigado a todas as digníssimas Entidades Religiosas, Autárquicas e Militares que nos honraram com as suas estimadas presenças.
Obrigado a todas as pessoas que vieram de longe e de perto porque quiseram estar com a sua Senhora do Carmo neste dia festivo em Sua honra. Que Ela vos ilumine e proteja sempre, assim como aos vossos entes queridos, onde quer que se encontrem.
E a terminar que posso escrever mais?
Obrigado Mãe Senhora do Carmo pois seguramente a Ti se devem todas estas surpresas maravilhosas que pelo Teu Amor por nós fazes acontecer e originam que tudo assim decorra na mais inesperada beleza e perfeição.
E tal como aquela pessoa amiga me confidenciou que se sentia depois da missa, eu sinto ainda o mesmo passados que vão já dois dias.

18. 07. 2024

O Senhor é meu Pastor, nada me faltará - M. Luís

SALMO RESPONSORIAL DO XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Cumplicidade militante

Tchau Pipoquinha! Boa viagem de regresso e volta depressa, meu amor...
Foto Francisca Coelho - 16. 07. 2024
 

terça-feira, 16 de julho de 2024

Eucaristia da Padroeira




Tenho a enorme honra e privilégio de servir esta Comunidade Paroquial desde meados de 1968, mas temos ainda, num raro exemplo de disponibilidade e sentido de missão, uma Senhora no Coro da Paróquia há mais de 80 anos ininterruptos. Bem haja...

Fotos Pedro Coelho
- 16. 07. 2024

sábado, 13 de julho de 2024

Envelhecer por fora e por dentro

Foto José Coelho - Junho 2024

"Todos envelhecemos, mas nem todos envelhecemos da mesma maneira. A uns, envelhecem os olhos; a outros, envelhece o olhar. A uns, envelhece a boca; a outros, envelhece o beijo. A uns, envelhece o pescoço; a outros, envelhece o colo. A uns, envelhece a memória; a outros, envelhece o sonho. A uns, envelhece o corpo; a outros, envelhece a alma. O tempo de fora é o tempo de vida; o tempo de dentro é a vida do tempo."

Elisabete Bárbara

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Bom fim de semana


 

"Aprendi que ninguém precisa saber que estamos tristes ou como anda a nossa vida. Aprendi que, qualquer que seja o problema que tenhamos, ele pertence só a nós.

Aprendi a guardar as dores e os momentos difíceis só pra mim. Aprendi também que os melhores textos saem sempre das mãos de quem sabe isolar-se e tem como companhia apenas o silêncio.

Aprendi igualmente que ninguém se importa como estamos, nem como foi o nosso dia. Aprendi que poucos dão valor ao que fazemos por eles, e poucos sabem valorizar a nossa companhia.

Aprendi a não me importar com a forma como agem comigo e a não guardar mágoas no coração. E, por isso, sou diferente de muitos. Aprendi a não me importar com os pensamentos de fulano ou sicrano, que não conheço, nem sabem quem sou.

E, hoje, só me importo com o bem-estar que posso proporcionar aos que amo e a viver com a felicidade no meu sorriso."

Helena Sacadura Cabral

Foto Pedro Coelho

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Herrar é umano


Aprendi a viver e a aproveitar cada detalhe, aprendi com os erros mas não vivo pensando neles porque tendem sempre em ser uma lembrança amarga que nos impede de seguir em frente, mas também porque existem erros irremediáveis...

Foto José Coelho

 

Mostrai-nos o vosso amor, dai-nos a vossa salvação

SALMO RESPONSORIAL DO XV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Acorda, amigo


 

Amigo,

tu que choras uma angústia qualquer

e falas de coisas mansas como o luar

e paradas

como as águas de um lago adormecido,

acorda!

Deixa de vez

as margens do regato solitário

onde te miras

como se fosses a tua namorada.

Abandona o jardim sem flores

desse país inventado

onde tu és o único habitante.

Deixa os desejos sem rumo

de barco ao deus-dará

e esse ar de renúncia

às coisas do mundo.

Acorda, amigo,

liberta-te dessa paz podre de milagre

que existe

apenas na tua imaginação.

Abre os olhos e olha,

abre os braços e luta!

Amigo,

antes da morte vir

nasce de vez para a vida.

 

Manuel da Fonseca