Aos 07 de Março de 2015 nasce este blogue que tal como o seu antecessor TocadosCoelhos pretende apenas ser um ponto de encontro e de entretenimento pautando-se sempre pelas regras da isenção, da boa educação e do civismo em geral. Sejam bem-vindos.
quinta-feira, 30 de novembro de 2023
Será que aprendemos?
quarta-feira, 29 de novembro de 2023
Sorriso
O sorriso é uma chave
Que abre portas e janelas.
Entre muitas coisas mágicas
O sorriso é uma delas.
O sorriso é simpatia
Também pode ser amor.
O sorriso tem magia
Tem ternura tem calor.
O sorriso dá carinho
O sorriso faz amigos.
Constrói tu, no teu caminho
Uma ponte de sorrisos.
Rosa Lobato de Faria
Foto José Coelho
Novembro 2023
quinta-feira, 23 de novembro de 2023
Contos da lua cheia (2)
terça-feira, 21 de novembro de 2023
Gosto, ponto
Boa noite, bom descanso
A dignidade de chegar a velho
Quando nasci o meu pai contava
já 42 anos. Casou tarde, aos 36, pese embora a minha mãe tivesse apenas 20. Tão
mais jovem do que ele, deduzo que se terá deixado encantar por aquele modo
meigo e afável que o caracterizavam e com o qual conquistava a amizade de quase
toda a gente que com ele lidava. Cresci por isso a ver surgirem no seu rosto as
primeiras rugas e no seu farto cabelo os primeiros fios prateados.
Treze anos mais tarde fui integrar a sua equipa de trabalho na pedreira da Lajem do Sapato da qual ele era subempreiteiro por conta do Engº Ventura e também ali todos os seus camaradas eram cinquentões como ele. Foi com esses dignos mestres que aprendi o ofício de cabouqueiro e foi também seguramente entre eles que colhi ensinamentos que me moldaram para a vida adulta.
Influenciado pela sã vivência com essa geração grisalha e de muito bom senso, habituei-me a ver o mundo pelo prisma deles, mas, sobretudo, a estimar e respeitar os mais velhos, aqueles a quem, por ser mais fino ou – justificam – menos agressivo, se definem agora como idosos. Mas eu continuo a chamar-lhes velhos como sempre chamei e como prefiro que me chamem também a mim, porque entendo que a velhice não é vergonha nem castigo e não deve por isso ser maquilhada com brandas denominações para ser mais bem aceite. Chegar a velho em meu entender é um privilégio, uma recompensa da Vida, uma bênção para quem consegue alcançá-la.
Os rostos enrugados dos anciãos, os cabelos prateados e a sabedoria adquirida no decurso das suas vidas merecem todo o respeito e consideração. Admiro a sua inquestionável dignidade, paciência e conformismo, mas, sobretudo, a enorme generosidade com que aceitam ser esquecidos, assim como a subtil nobreza como ainda desculpam os familiares que passam meses sem os visitar nos lares onde por conveniência própria os depositaram para lá ficarem o resto dos seus dias.
É vulgar ouvir da sua boca os gentis argumentos com que defendem tão indesculpável abandono:
- Coitados! Não podem vir cá, têm lá as suas vidas…
Na sua enorme bondade não só aceitam como perdoam e ainda acham que coitados são quem se esquece que eles ainda estão vivos. Em meu entender também, o abandono de mãe ou de pai, de irmãos ou de avós é uma vergonha, um desmazelo, uma ingratidão, uma injustiça, uma falta de compaixão, de solidariedade, de respeito e de carácter.
Quantos desses velhos se sacrificaram para darem tudo o que podiam, até mais do que podiam, para que nada faltasse àqueles que depois os ignoram...
Foram esses os valores e princípios que lhes ensinaram, muito mais pelo exemplo do que por palavras porque outrora o tempo era escasso para as palavras pois havia que mourejar do romper da aurora até ao sol-posto.
Não deve ter havido no mundo um pai menos conversador do que o meu. Ainda assim eu colhi dele quase tudo o que sou, através do seu exemplo no dia a dia. Sem grandes discursos e sem grandes mimos, porque dele quem mais colo colheu foram depois os netos que manifestamente adorava e o adoravam também.
Estou completamente à vontade e em absoluto sossego de consciência para criticar tais comportamentos porque acolhi em minha casa durante vários anos a minha mãe e dela cuidei amorosamente até ao fim dos seus dias com o permanente e precioso auxílio da minha esposa e da minha irmã mais nova, após uma retinopatia diabética a ter cegado por completo. Também o meu pai e o pai dele o avô Faustino, assim como a avó Amélia mãe da minha mãe, os três partiram da minha casa para a eternidade rodeados de carinho e de cuidados de quem amavam e os amava a eles.
Só a avó Adelina mãe do meu pai não tive o privilégio de conhecer porque faleceu aos 51 anos com um ataque cardíaco, quando eu tinha acabado de nascer. Porém, mesmo sem nunca a ter conhecido, aprendi a amá-la por muito dela ter ouvido falar. Também o querido avô José Lourenço o meu mais velho e saudoso amigo a quem devo o nome e muitas outras coisas boas, partiu inesperadamente sem de nós se despedir acometido de grave insuficiência respiratória no hospital de Portalegre onde fora internado de urgência poucos dias antes. Tinha 67 anos.
Quisera eu ter podido tê-los também comigo em minha casa para deles cuidar…
José Coelho in Histórias do Cota
*Excerto
Foto Pedro Coelho
- 20. 11. 2023
sábado, 18 de novembro de 2023
Bom fim de semana
Ana Silvestre
sexta-feira, 17 de novembro de 2023
domingo, 12 de novembro de 2023
Bom Domingo
É preciso diminuir a distância entre aquilo que se diz e o que se faz, até que aquilo que é dito seja o mesmo que é feito.
sexta-feira, 10 de novembro de 2023
A Vida dá, a Vida tira
Foto José Coelho
Prendinha de S. Martinho
sexta-feira, 3 de novembro de 2023
Bom fim de semana
quarta-feira, 1 de novembro de 2023
Ainda há (felizmente) pessoas de (muito) bom coração
- Lá vem o mestre da obra (cá de casa).