Aos 07 de Março de 2015 nasce este blogue que tal como o seu antecessor TocadosCoelhos pretende apenas ser um ponto de encontro e de entretenimento pautando-se sempre pelas regras da isenção, da boa educação e do civismo em geral. Sejam bem-vindos.
segunda-feira, 24 de junho de 2024
Também pode ser apenas dor de c**no
Só para quem ama os seus
** 24. 06. 1944 / 24. 06. 2024 **
domingo, 23 de junho de 2024
Férias 2024
sexta-feira, 21 de junho de 2024
A "sorte" deu muito trabalho
Bom fim de semana
A companheira
A companheira
da vida inteira,
que a meu lado
une o passado
ao novo dia
em harmonia,
a sempre forte
e meu suporte
quando vacilo,
porte tranquilo,
voz de carinho
no meu caminho,
leal, paciente
constantemente,
simples, discreta
força do poeta,
quero-a no instante
final — constante
com sua mão
acarinhando
em gesto brando
meu coração.
Carlos Drummond de Andrade
Foto Pedro Coelho
quinta-feira, 20 de junho de 2024
Recados
Pe. Ricardo Esteves
quarta-feira, 19 de junho de 2024
Provérbios
terça-feira, 18 de junho de 2024
segunda-feira, 17 de junho de 2024
Os três filtros
Na antiga Grécia o filósofo Sócrates tinha grande reputação de sabedoria. Um dia um servo foi ter com ele e disse-lhe:
- Mestre, quer saber o que eu acabei de ouvir sobre um amigo seu?
sábado, 15 de junho de 2024
Gratidão
- Obrigado, de coração, a todos!
Foto José Coelho
A vida é grande mestra
sexta-feira, 14 de junho de 2024
Da onça, ou do coração
Há amigos e amigos. Há os amiguinhos e
os amigalhaços. Há aqueles que fazem da amizade um negócio com o qual querem
lucrar. Amizade de ocasião. Há aqueles amigos de conveniência, que só nos
procuram quando não há mais ninguém ou quando precisam de favores. Os amigos da
onça, que ronronam pela frente e nos atacam pelas costas. E não vêm todos de
Peniche. Há quem venha de mais perto. Há os amigos virtuais, que nos fazem um
pedido de amizade e não nos cumprimentam na rua.
E depois há os amigos verdadeiros.
Aqueles que, mesmo longe, nos guardam no coração. Aqueles que ficam felizes com
a nossa felicidade e tristes quando estamos tristes. Aqueles que nos dizem a
verdade quando não a queremos ver. Os que nos dão a mão para nos ajudar a
levantar e os que nos largam a mão quando precisamos de cair. A amizade
verdadeira não desbota com o uso. Não usa. E, por isso, não deixa de servir. A
amizade verdadeira não se cansa. Os velhos amigos são aqueles cuja amizade está
sempre no início.
Verbo Amar
quinta-feira, 13 de junho de 2024
Moi-même
As melhores coisas
As melhores coisas da vida são as pessoas que amamos, os verdadeiros amigos, os lugares que conhecemos e as memórias que guardamos ao longo do caminho.
segunda-feira, 10 de junho de 2024
Orgulho sim, mas...
sábado, 8 de junho de 2024
A primeira de 730 noites
No tropical anoitecer do dia 13
de Março de 1972 atracámos ao porto de Cabinda numa barcaça achatada (Ariete)
que mais parecia uma ponte flutuante, ensonado e bastante dorido por tantas
horas de viagem sentado em cima das bagagens, deficientemente alimentado pela
enjoativa ração de combate e suficientemente amedrontado com as notícias pouco
tranquilizadoras que nos tinham chegado ao ouvido acerca do inferno que nos
esperava naquela terra de ninguém, disputada por diversas fações inimigas que
tudo fariam para nos dificultarem uma estadia que não iria ser breve.
A imagem que melhor recordo daquele anoitecer da nossa chegada a Cabinda – em África não há crepúsculo como cá, anoitece ou amanhece quase de repente – é a imagem fantasmagórica das altas chamarelas nos poços de petróleo no meio do mar que salpicavam de lume toda a costa numa extensão a perder de vista, parecendo tochas gigantes refletidas no mar pelo negrume da noite.
À nossa espera estava uma coluna de várias viaturas conduzidas pelos felizardos “velhinhos” que íamos substituir e que não se coibiam de nos atazanar o juízo com a velha lenga-lenga de “maçaricos” ou “piu-piu pintainhos”, bem como de alardearem profusamente o seu já próximo regresso a casa, vociferando como dementes: “Não se enervem maçaricos! Só já vos faltam 730 dias para voltarem para a mamã…” Era da praxe e não havia que levar a mal. Mas o cansaço, o sono, a angústia do desconhecido e o mais que anunciado perigo que nos aguardava, não nos davam ânimo para celebrar com eles aquela euforia nem sequer para esboçar algum sorriso às suas felizes piadas, pelo que a nossa resposta era apenas a indiferença e os semblantes cansados.
Escuro como breu poucos quilómetros percorridos e após se extinguirem de vez as últimas luzes da civilização da vila de Lândana, acolheu-nos o imponente Maiombe em toda a sua imensidão. A coluna de viaturas serpenteava atenta e vagarosamente com milhões de sons noturnos provenientes do denso mato a soarem mais alto que o próprio ronronar dos motores dos unimogs que nos transportavam, intercalados pelas berliets que levavam as nossas bagagens. De longe em longe atravessávamos sanzalas com pequenas casotas redondas de adobe e telhados de colmo, completamente às escuras sem se vislumbrar viv’alma. Para além dos faróis das viaturas tudo o que nos rodeava era uma sinistra e pesada escuridão.
Chegámos por fim ao Belize, mais
de 200 km a norte de Cabinda, bem no coração da floresta. Esperavam-nos, mais
uma vez loucos de euforia, os “velhinhos” que íamos render e que nos
receberam com mangueiradas de água à medida que as viaturas iam entrando
naquele enorme recinto de grandes barracões cobertos com chapas de zinco a que
pomposamente chamavam casernas, refeitório, posto de rádio, secretaria… Aquilo
era, nem mais nem menos, um acampamento rasca sem um mínimo de condições onde
centenas de homens já tinham vivido nos anos transatos e onde nós passaríamos a
viver nos dois anos seguintes.
Essa noite – a primeira das tais 730 – foi mesmo para esquecer.
Exaustos porque sem dormir há quase 3 dias tivemos de suportar, perante a passividade indiferente dos oficiais e sargentos responsáveis por aquela turba, que eles passassem a noite a apedrejar os telhados de zinco das casernas onde nos tinham enfiado, provocando, como é óbvio, um alarido ensurdecedor. E gritavam, riam, ululavam, como os índios dos filmes de cowbois, tratando-nos como se em vez de sermos os bem-vindos camaradas que iam pôr fim ao seu longo desterro, fôssemos os turras que lhes haviam tirado o sossego durante a sua estadia naquele fim de mundo.
Dir-se-ia que tínhamos aportado a uma colónia de loucos completamente descontrolados a quem ninguém teve o bom senso de mandar cessar aqueles insuportáveis excessos.
Ainda assim o cansaço era tão grande que adormeci vestido e calçado sobre o beliche ao som do estrépido das pedradas a caírem consecutivamente no telhado de zinco da caserna e dos autênticos uivos dos camaradas “velhinhos” cuja justificação era somente a de estarem “cacimbados” pelas agruras da guerra e isolamento quase total naquela imensidão de selva…
(Continua)
José Coelho in Histórias do Cota
sexta-feira, 7 de junho de 2024
quarta-feira, 5 de junho de 2024
Que, mas...
Uma pessoa tóxica é aquela que não te quer perder, mas também não cuida de ti. Que não te solta, mas também não quer segurar-te. Que diz que te ama, mas magoa-te. Que sente a tua falta, mas não mexe um dedo para estar contigo. Que nunca deixa ficar a sua, mas leva sempre a tua paz.
Autor desconhecido
Foto também de autor desconhecido, num evento público.
Natureza pura
Lá para finais de agosto será uma amora madura mas por enquanto é apenas uma frágil e bonita flor de silva...
Foto José Coelho - 04 maio 2024