Cada fim de ano é tempo de celebração mas também de reflexão, de análise e recomeço. Para trás fica o ano que acaba. Dele guardemos apenas o que foi positivo e tentemos, ainda que seja algo difícil, esquecer o que tenha sido menos bom.
Aos 07 de Março de 2015 nasce este blogue que tal como o seu antecessor TocadosCoelhos pretende apenas ser um ponto de encontro e de entretenimento pautando-se sempre pelas regras da isenção, da boa educação e do civismo em geral. Sejam bem-vindos.
sábado, 30 de dezembro de 2023
Sejam felizes
sexta-feira, 29 de dezembro de 2023
quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
domingo, 24 de dezembro de 2023
quinta-feira, 21 de dezembro de 2023
Feliz Natal 2023
(O Deus Menino da Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Carmo da Beirã que ano após ano, desde 1943, os Beiranenses saúdam com um beijo, um toque de mão ou um simples inclinar de cabeça durante todo o Tempo do Natal).
Mais um
segunda-feira, 18 de dezembro de 2023
sábado, 16 de dezembro de 2023
quarta-feira, 13 de dezembro de 2023
Preparando o Natal
domingo, 10 de dezembro de 2023
Coisas que leio
quando pedires alguma coisa a Dezembro, pede que te traga presentes que não se vendem em lojas: um ‘’gosto muito de ti’’, um ‘’obrigada por existires’’, um ‘’estou aqui para ti, sempre’’.
quando pedires alguma coisa a Dezembro, pede que te traga de presente abraços apertados, gargalhadas altas, colo de quem mais amas, mãos dadas o ano inteiro, ombros que te seguram, corações onde podes morar sem prazo de validade.
quando pedires alguma coisa a Dezembro, pede que te traga de presente olhos que brilham por ti e para ti, palavras que te protegem e cuidam como sol em dias frios, os pequenos nadas que valem tudo na vida, o essencial que ocupa, sem pesar, o lado esquerdo do peito, e o fermento da alegria que faz a vida valer a pena.
quando pedires alguma coisa a Dezembro, pede que te ensine a viver de peito aberto. e a acreditar - sem mas - que há uma luz ao fundo do túnel para cada escuridão que tiveres de enfrentar.
in Ás 9 no meu blog
Foto Maria Coelho
sábado, 9 de dezembro de 2023
A mais ilustre Senhora Beiranense
Parabéns aos noivos
quinta-feira, 7 de dezembro de 2023
terça-feira, 5 de dezembro de 2023
Acredita
Faz o bem sem olhares a quem e sem esperares nada em troca, porque essa é, seguramente, a fórmula mais pura da felicidade. Sorri sempre mesmo diante das dificuldades e nunca te envergonhes das tuas lágrimas quando delas necessites.
Sê humilde e generoso sem
esperares recompensas, abre as mãos e oferece sem hesitar a tua ajuda a quem
dela precisar.
Chora e sofre porque és humano,
mas luta sempre para vencer os obstáculos, sem deixar que o cansaço te derrote
e que o desânimo ou o preconceito te dominem.
Aprende a defender os teus
ideais e a amar os teus semelhantes, conquista os teus amigos apenas pelo que
tu és e nunca pelo que eles querem que tu sejas.
Saber ganhar e saber perder é
uma conquista rara, mas consegue-se. Tem fé e acredita em Deus se fores capaz,
vive cada momento da tua vida como se fosse o último.
Acredita que a tua vida não é
melhor nem pior do que a dos outros e nunca te sintas maior ou menor que
ninguém, mas igual. Faz com que a tua vida seja uma conquista de sucessos e
aproveita cada oportunidade que ela te dê.
Ainda que te sintas ferido pela má conduta ou ingratidão de alguém, nunca percas a capacidade de amar, porque é no amor que estão as chaves que abrem as portas da felicidade.
Memórias
segunda-feira, 4 de dezembro de 2023
Já não sou feliz aqui
domingo, 3 de dezembro de 2023
Novo Ano Litúrgico
quinta-feira, 30 de novembro de 2023
Será que aprendemos?
quarta-feira, 29 de novembro de 2023
Sorriso
O sorriso é uma chave
Que abre portas e janelas.
Entre muitas coisas mágicas
O sorriso é uma delas.
O sorriso é simpatia
Também pode ser amor.
O sorriso tem magia
Tem ternura tem calor.
O sorriso dá carinho
O sorriso faz amigos.
Constrói tu, no teu caminho
Uma ponte de sorrisos.
Rosa Lobato de Faria
Foto José Coelho
Novembro 2023
quinta-feira, 23 de novembro de 2023
Contos da lua cheia (2)
terça-feira, 21 de novembro de 2023
Gosto, ponto
Boa noite, bom descanso
A dignidade de chegar a velho
Quando nasci o meu pai contava
já 42 anos. Casou tarde, aos 36, pese embora a minha mãe tivesse apenas 20. Tão
mais jovem do que ele, deduzo que se terá deixado encantar por aquele modo
meigo e afável que o caracterizavam e com o qual conquistava a amizade de quase
toda a gente que com ele lidava. Cresci por isso a ver surgirem no seu rosto as
primeiras rugas e no seu farto cabelo os primeiros fios prateados.
Treze anos mais tarde fui integrar a sua equipa de trabalho na pedreira da Lajem do Sapato da qual ele era subempreiteiro por conta do Engº Ventura e também ali todos os seus camaradas eram cinquentões como ele. Foi com esses dignos mestres que aprendi o ofício de cabouqueiro e foi também seguramente entre eles que colhi ensinamentos que me moldaram para a vida adulta.
Influenciado pela sã vivência com essa geração grisalha e de muito bom senso, habituei-me a ver o mundo pelo prisma deles, mas, sobretudo, a estimar e respeitar os mais velhos, aqueles a quem, por ser mais fino ou – justificam – menos agressivo, se definem agora como idosos. Mas eu continuo a chamar-lhes velhos como sempre chamei e como prefiro que me chamem também a mim, porque entendo que a velhice não é vergonha nem castigo e não deve por isso ser maquilhada com brandas denominações para ser mais bem aceite. Chegar a velho em meu entender é um privilégio, uma recompensa da Vida, uma bênção para quem consegue alcançá-la.
Os rostos enrugados dos anciãos, os cabelos prateados e a sabedoria adquirida no decurso das suas vidas merecem todo o respeito e consideração. Admiro a sua inquestionável dignidade, paciência e conformismo, mas, sobretudo, a enorme generosidade com que aceitam ser esquecidos, assim como a subtil nobreza como ainda desculpam os familiares que passam meses sem os visitar nos lares onde por conveniência própria os depositaram para lá ficarem o resto dos seus dias.
É vulgar ouvir da sua boca os gentis argumentos com que defendem tão indesculpável abandono:
- Coitados! Não podem vir cá, têm lá as suas vidas…
Na sua enorme bondade não só aceitam como perdoam e ainda acham que coitados são quem se esquece que eles ainda estão vivos. Em meu entender também, o abandono de mãe ou de pai, de irmãos ou de avós é uma vergonha, um desmazelo, uma ingratidão, uma injustiça, uma falta de compaixão, de solidariedade, de respeito e de carácter.
Quantos desses velhos se sacrificaram para darem tudo o que podiam, até mais do que podiam, para que nada faltasse àqueles que depois os ignoram...
Foram esses os valores e princípios que lhes ensinaram, muito mais pelo exemplo do que por palavras porque outrora o tempo era escasso para as palavras pois havia que mourejar do romper da aurora até ao sol-posto.
Não deve ter havido no mundo um pai menos conversador do que o meu. Ainda assim eu colhi dele quase tudo o que sou, através do seu exemplo no dia a dia. Sem grandes discursos e sem grandes mimos, porque dele quem mais colo colheu foram depois os netos que manifestamente adorava e o adoravam também.
Estou completamente à vontade e em absoluto sossego de consciência para criticar tais comportamentos porque acolhi em minha casa durante vários anos a minha mãe e dela cuidei amorosamente até ao fim dos seus dias com o permanente e precioso auxílio da minha esposa e da minha irmã mais nova, após uma retinopatia diabética a ter cegado por completo. Também o meu pai e o pai dele o avô Faustino, assim como a avó Amélia mãe da minha mãe, os três partiram da minha casa para a eternidade rodeados de carinho e de cuidados de quem amavam e os amava a eles.
Só a avó Adelina mãe do meu pai não tive o privilégio de conhecer porque faleceu aos 51 anos com um ataque cardíaco, quando eu tinha acabado de nascer. Porém, mesmo sem nunca a ter conhecido, aprendi a amá-la por muito dela ter ouvido falar. Também o querido avô José Lourenço o meu mais velho e saudoso amigo a quem devo o nome e muitas outras coisas boas, partiu inesperadamente sem de nós se despedir acometido de grave insuficiência respiratória no hospital de Portalegre onde fora internado de urgência poucos dias antes. Tinha 67 anos.
Quisera eu ter podido tê-los também comigo em minha casa para deles cuidar…
José Coelho in Histórias do Cota
*Excerto
Foto Pedro Coelho
- 20. 11. 2023