Aos 07 de Março de 2015 nasce este blogue que tal como o seu antecessor TocadosCoelhos pretende apenas ser um ponto de encontro e de entretenimento pautando-se sempre pelas regras da isenção, da boa educação e do civismo em geral. Sejam bem-vindos.
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
terça-feira, 28 de setembro de 2021
Coisas (inspiradoras) que leio
“Sigo a
estrada da minha vida de cabeça erguida e olhos postos no futuro, confiante de
que tudo o que aconteceu me permitiu crescer e que o que não nos mata torna-nos
mais fortes.
Não faço nem nunca fiz mal a ninguém, pelo menos de forma consciente de que o estava a fazer. E quando me apercebo que erro, tento emendar os meus erros e fazer diferente.
Não atropelo nem passo por cima de ninguém, quando estou no rumo em direção aos meus sonhos. Ajudo todos aqueles que posso e que acho que merecem de algum modo a minha ajuda.
Não quero mal a ninguém, absolutamente ninguém. A todos, desejo o melhor possível. Que sejam felizes, iluminados e que encontrem o seu caminho.
Não invejo ninguém. A única luta que travo diariamente é comigo mesmo, sempre no sentido de me superar, de fazer melhor e de melhorar como pessoa.
A beleza física pode ser agradável aos olhos mas a beleza interior, aquela que só se vê de olhos fechados, é muito mais esplendorosa.
Seguirei o meu caminho tentando realizar os meus sonhos, tentando tornar alguém mais feliz. E sigo cantando porque esta é a estrada da minha vida.”
Ana Silvestre
segunda-feira, 27 de setembro de 2021
sábado, 25 de setembro de 2021
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Assino por baixo
Pandemia invisível
terça-feira, 21 de setembro de 2021
Medos que (também) não tenho
Tens medo de dizer
publicamente aquilo em que acreditas?
- Eu não tenho.
Tens medo ou vergonha
de lutar pelos teus sonhos?
- Eu não tenho.
Tens medo de
demonstrar amor publicamente?
- Eu não tenho.
Tens medo de pôr
gosto, um coração, ou comentar uma publicação no Facebook por causa daquilo que
os outros vão pensar?
- Eu não tenho.
Tens medo de partilhar
uma música e que os outros vão julgar o teu gosto musical ou vão pensar que
estás a passar por aquela situação?
- Eu não tenho.
Tens medo de parecer
ridículo aos olhos dos outros?
- Eu não tenho.
Tens medo de te expor,
de saberem que bebes ou fumas e que gostas de te divertir?
- Eu não tenho.
Tens medo do que os
outros vão pensar ou falar?
- Eu não tenho.
Tens medo que os
outros ofusquem o teu brilho, ao ensinares tudo aquilo que sabes?
- Eu não tenho.
Sabes porquê?
- Porque a vida é minha
e eu não pergunto a opinião a ninguém sobre como devo vivê-la e mais, eu sei
que não duro eternamente e que já vivi mais de metade da minha vida.
Não tenho medo de ser
quem sou.
- Sou assim.
Ana Silvestre
domingo, 19 de setembro de 2021
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
terça-feira, 14 de setembro de 2021
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
A chuva
sábado, 11 de setembro de 2021
Quase outono
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
A Idade de Ser Feliz
Existe somente uma idade para a gente ser feliz
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para os realizar
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos
Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda a intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazer
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida
à nossa própria imagem e semelhança
e sorrir e cantar e brincar e dançar
e vestir-se com todas as cores
e entregar-se a todos os amores
experimentando a vida em todos os seus sabores
sem preconceitos ou pudores
Tempo de entusiasmo e de coragem
em que todo desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda a disposição de tentar algo novo,
de novo e de novo, e quantas vezes for preciso
Essa idade, tão fugaz na vida da gente,
chama-se presente,
e tem apenas a duração do instante que passa
o doce pássaro do aqui e agora
que quando se dá por ele, já partiu para nunca mais!
Geraldo Eustáquio de Souza
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Está a chegar o tempo de sair e fechar a porta
Foi em finais da década de 50 que
comecei a servir como acólito na igreja de Nossa Senhora do Carmo na Beirã. Era
pároco recentemente ordenado o Reverendo Joaquim Caetano – já falecido – e foi
ele quem me escolheu para substituir o António Sarzedas que, chegado a moço,
não quis – exatamente como fazem as/os jovens de hoje – continuar a acolitar.
Para além dos meus pais, aquele reverendo sacerdote ensinou-me e transmitiu-me muitos
e bons princípios e por isso também a ele fiquei a dever uma boa parte do homem
que me tornei. Guardarei com gratidão enquanto viver, uma amizade, uma saudade, um respeito
e uma consideração ilimitados, pela sua memória.
Voltando um bocadinho atrás no
tempo, contava a minha falecida Mãe que desde mui tenra idade eu desatava a
correr rua abaixo mal ouvia tocar os sinos da igreja:
- Mas onde on’dé q’tu vais a
correr Zéi?
- Vou à "misha", Mãe. Vou
à "misha"…
Tinha de ser assim. Tudo indica
que a reverência pelo divino teve início logo na inocência desses primeiros
anos da minha vida.
Veio então, não muito tempo depois,
o tal convite do padre Caetano que me tratou sempre como a um filho. Os meus
pais não tinham posses para me comprarem roupas novas e era ele quem comprava e
pagava do seu bolso os tecidos para mandar fazer roupas domingueiras às
costureiras que então abundavam na aldeia para eu o acolitar devidamente trajado
com calções e calças de terilene, camisas de popeline, casacas e
blusões. Até os sapatos domingueiros ele me comprava na fábrica Ebro de Santo
António das Areias porque eu andava de pé descalço durante a semana e para os
domingos tinha apenas umas sapatilhas espanholas de fraco pano quase sempre
rotas.
Escrevo sobre isso assim sem
qualquer hesitação porque nunca escondi nem nunca senti vergonha da humildade das
minhas raízes e origens. Pelo contrário, orgulho-me profundamente da enorme herança
de valores e princípios que herdei, que tentei colocar em prática cada dia da minha
vida e também transmiti aos meus filhos.
Passaram cinco anos desde que na
Paróquia da Beirã deixou de haver missas aos domingos tendo sido substituídas pelas
missas vespertinas ao final da tarde de cada sábado numa mudança que há muito era
temida mas que sempre acreditámos demoraria mais tempo a acontecer. Tal só veio
provar que o tempo de Deus não é, nunca foi, nem nunca será, igual ao tempo do Homem.
Diz um dos Evangelhos que “a
vinha do Senhor é grande e os trabalhadores são poucos”. Foram essas as
circunstâncias que precipitaram tudo e obrigaram a redesenhar o mapa das nossas
celebrações eucarísticas semanais com a inesperada partida do saudoso Reverendo
Padre Luís Ribeiro e querido amigo. Não podendo mudar o rumo dos acontecimentos
continuei a fazer o que sempre fiz desde 1958. Colaborar com o pároco e a
paróquia naquilo que podia e sabia, mas fiquei inevitavelmente triste, pois são
já quase incontáveis as perdas de tudo o que fez parte da minha vida. Foram-se
os entes mais queridos, quase todos os vizinhos e muitos bons amigos-quase-família.
Nada ficou como era e eu próprio também
já não sou. De 1958 a 2021 são passados 63 anos de uma total dedicação e
empenho a preocupar-me e a cuidar daquilo que nunca foi meu, mas de todos, a
dar o melhor de mim a esta comunidade e seus representantes, sem nunca esperar
nada em troca. Está a chegar o tempo de sair e fechar a porta e como muito bem
me diz a minha nora mais nova grande amiga, de “deixar se preocupar com “aquilo”
como se fosse seu e de se ralar com o que nunca vai mudar e só o desgasta.”
Tudo tem o seu tempo e o meu está
mais que cumprido. Não sendo o único resistente, sou dos poucos que ainda lá continuam,
mas porque ninguém é insubstituível só faz lá falta quem estiver. Também isso
a Vida me ensinou.
José Coelho
07.09.2021