domingo, 12 de maio de 2019

Domingo do Bom Pastor...


Foto de Paula Panasco

Reverendo Padre Marcelino Marques


A Liturgia deste IV Domingo da Páscoa que celebra Cristo como O Bom Pastor, foi-nos apresentada no magnífico trecho do capítulo 10 do Evangelho de S. João e proposto para reflexão.

Sou testemunha – já não vão restando muitas – da importância que a Paróquia da Beirã sempre demonstrou por este dia, cuja alegoria é singularmente propícia a homenagear o seu pastor e digníssimo representante de Cristo.

Houve tempo em que a nossa igreja abarrotava de fiéis e as crianças eram quase tantas como os adultos. Neste Domingo, vinha à missa a comunidade inteira, até mesmo quem, por impedimentos diversos, não podia vir na maior parte dos outros domingos do ano.

Após a celebração da Eucaristia as crianças da catequese declamavam poesias alusivas ao seu pároco e cantavam-se cânticos alusivos também à solene ocasião. Depois, toda a comunidade paroquial o vinha cumprimentar carinhosamente, trazendo-lhe algumas modestas e simbólicas oferendas.

Em seguida toda essa multidão – era mesmo uma multidão de gente – ia confraternizar num comes-e-bebes preparado pelas senhoras que era servido a toda a gente, pároco, miúdos e graúdos, num recinto próximo da igreja, devidamente preparado para o efeito.

Somos hoje, provavelmente, a comunidade cristã mais reduzida do nosso Arciprestado. Ainda assim, os poucos que restamos, tentamos, às vezes já com algum custo, manter viva a chama da nossa Fé e também dar continuidade às tradições que nos foram legadas por quem, durante décadas por aqui passou.

Dou graças por ainda aqui estar e poder recordar essas coisas valiosas que vi, aprendi, das quais tento fazer bom uso e preservar. Toda esta comunidade paroquial está infinitamente grata a Deus Nosso Senhor por haver concedido a graça de enviar para seu Pastor e guia espiritual o Reverendo Padre Marcelino Marques.

Estamos também, não imagina quanto, muito gratos pela disponibilidade com que Vossa Reverência aceitou tomar conta desta Paróquia, apesar da consequente sobrecarga de trabalho e responsabilidade. Toda a nossa estima e consideração nunca serão suficientes para retribuirmos tão indiscutível generosidade. Sinta-se, por isso e não só, muito, muito, estimado, por todos nós.

Termino elevando ao Pai uma sentida prece para que Ele, na Sua infinita bondade, conceda ao nosso Bom Pastor muita saúde, a força e o ânimo indispensáveis, para que possa continuar a sua nobre missão junto de quem de si necessita e consigo conta.

Disse.

José Coelho,
em Beirã, aos 12 de Maio de 2019