Foto de Paula Panasco
Reverendo
Padre Marcelino Marques
A
Liturgia deste IV Domingo da Páscoa que celebra Cristo como O Bom Pastor, foi-nos
apresentada no magnífico trecho do capítulo 10 do Evangelho de S. João e
proposto para reflexão.
Sou
testemunha – já não vão restando muitas – da importância que a Paróquia da
Beirã sempre demonstrou por este dia, cuja alegoria é singularmente propícia a
homenagear o seu pastor e digníssimo representante de Cristo.
Houve
tempo em que a nossa igreja abarrotava de fiéis e as crianças eram quase tantas
como os adultos. Neste Domingo, vinha à missa a comunidade inteira, até mesmo
quem, por impedimentos diversos, não podia vir na maior parte dos outros
domingos do ano.
Após
a celebração da Eucaristia as crianças da catequese declamavam poesias alusivas
ao seu pároco e cantavam-se cânticos alusivos também à solene ocasião. Depois,
toda a comunidade paroquial o vinha cumprimentar carinhosamente, trazendo-lhe algumas
modestas e simbólicas oferendas.
Em
seguida toda essa multidão – era mesmo uma multidão de gente – ia
confraternizar num comes-e-bebes preparado pelas senhoras que era servido a
toda a gente, pároco, miúdos e graúdos, num recinto próximo da igreja,
devidamente preparado para o efeito.
Somos
hoje, provavelmente, a comunidade cristã mais reduzida do nosso Arciprestado. Ainda
assim, os poucos que restamos, tentamos, às vezes já com algum custo, manter
viva a chama da nossa Fé e também dar continuidade às tradições que nos foram
legadas por quem, durante décadas por aqui passou.
Dou
graças por ainda aqui estar e poder recordar essas coisas valiosas que vi,
aprendi, das quais tento fazer bom uso e preservar. Toda esta comunidade
paroquial está infinitamente grata a Deus Nosso Senhor por haver concedido a
graça de enviar para seu Pastor e guia espiritual o Reverendo Padre Marcelino
Marques.
Estamos
também, não imagina quanto, muito gratos pela disponibilidade com que Vossa
Reverência aceitou tomar conta desta Paróquia, apesar da consequente sobrecarga
de trabalho e responsabilidade. Toda a nossa estima e consideração nunca serão
suficientes para retribuirmos tão indiscutível generosidade. Sinta-se, por isso
e não só, muito, muito, estimado, por todos nós.
Termino
elevando ao Pai uma sentida prece para que Ele, na Sua infinita bondade,
conceda ao nosso Bom Pastor muita saúde, a força e o ânimo indispensáveis, para
que possa continuar a sua nobre missão junto de quem de si necessita e consigo conta.
Disse.
José Coelho,
em Beirã, aos 12 de Maio de 2019