Foto by José Coelho com a máquina fotografica do Pedro Coelho
A história em quadradinhos que ontem aqui vos trouxe teve dois outros importantes protagonistas sem os quais a resolução do meu problema de saúde não teria sido tão célere, tão em tempo record, ou tão eficaz.
São eles o meu filho Pedro e a minha nora Ana. Mal foram alertados do que se passava, imediatamente se puseram em campo e com os conhecimentos que possuem, desenrascados que são, conseguiram muito mais do que eu sozinho alguma vez seria capaz.
Logo na noite desse primeiro dia de alarme ao chegarem a casa cerca da meia noite, a Ana pegou no telefone, ligou para o atendimento 24 horas por dia e conseguiu uma consulta para dali a 3 (três) dias com um dos melhores especialistas em urologia deste país, num dos nossos também melhores hospitais particulares. O Lusíadas Lisboa.
Conseguiu ainda nessa mesma hora marcar os exames necessários naquela unidade hospitalar para o dia da consulta dali a 3 dias, ou seja: fui fazer a ecografia às 15 horas num dos pisos do hospital e às 17 horas quando fui consultado pelo doutor João Varregoso no outro piso, já o resultado e respectivo relatório estavam no sistema informático às ordens do especialista para ele os poder analisar.
Depois, dali para a frente, incansáveis e diligentes como só eles sabem ser nestas andanças, acompanharam-me sempre a todas as consultas e exames que se seguiram até ao internamento e cirurgia. Foi um vai e vem de Setúbal para Lisboa e vice versa. Após ter alta, fiquei em sua casa a convalescer nas duas semanas seguintes para ficar mais próximo do hospital em caso de complicações inesperadas.
Dizer mais o quê?
Obrigado, filho e nora. Do fundo do coração.
Tendo em conta que a mãe foi a uma consulta de otorrino na ULSNA em Janeiro de 2016 onde lhe foram pedidos dois exames que entretanto foram entregues na secretaria para "eles" marcarem algures, tendo o primeiro desses exames sido feito em Abril e o outro em Junho, ambos para entregar ao médico que os solicitou em consulta a marcar pela mesma secretaria e que muito provavelmente será agendada para daqui a mais alguns meses, se eu não tivesse "fugido" de Portalegre para Lisboa, nem daqui a um ano teria o meu problema resolvido.
Entretanto a situação iria complicar-se cada vez mais e só Deus sabe qual seria o resultado. Tendo em conta a suprema eficiência de todas as equipas no hospital Lusíadas onde tudo é célere e imediato, a simpatia com que somos atendidos desde os balcões do acolhimento até às equipas médicas ou de enfermagem e pessoal auxiliar, a ULSNA está, pura e simplesmente, a anos-luz de tudo aquilo. É verdade que o Lusíadas é um hospital particular, que se tem que pagar mais, mas a humanidade e simpatia com que nos rodeiam não há dinheiro que pague.
Cada vez tenho mais pena de viver neste país de contrastes onde o interior mais parece o deserto subsariano. E as poucas pessoas que resistem e vão teimando em por cá se manter, são tratadas, a quase todos os níveis, como se fossem coisas insignificantes e sem valor. Pelos governos e pelos próprios conterrâneo(a)s que trabalham nas chafaricas, alguns dos quais parece terem o rei na barriga ou que comem logo ao pequeno almoço um carneiro com cornos e tudo. E por isso arrotam aquela soberba toda em vez de falarem civilizada e educadamente com as pessoas que dele(a)s necessitam.
Também por me terem livrado de todas essas apoquentações e desconsiderações, mais um grande obrigado para os dois, meus queridos Pedro Coelho e Ana Batista.
Tenho dito