Aos 07 de Março de 2015 nasce este blogue que tal como o seu antecessor TocadosCoelhos pretende apenas ser um ponto de encontro e de entretenimento pautando-se sempre pelas regras da isenção, da boa educação e do civismo em geral. Sejam bem-vindos.
quinta-feira, 29 de julho de 2021
In memorian
terça-feira, 27 de julho de 2021
segunda-feira, 26 de julho de 2021
domingo, 25 de julho de 2021
Enquanto eu viver (2)
Passo a maior parte das minhas horas a desfrutar o silêncio deste lugar, o mais alto da aldeia, naquela que foi por decisão do meu pai há mais de setenta anos a primeira habitação a dar forma à rua que algumas décadas mais tarde haveria de ser batizada de Fernando Namora.
Foi também o meu pai quem sozinho rachou à força dos seus braços os canchos enormes e depois moldou a guilho e
martelão na medida necessária cada um dos blocos de pedra que Mestre Caldeira dos
Barretos – pedreiro de fama na época – haveria de utilizar para a construção da
casa.
Quatro pequenas divisões apenas.
Uma cozinha, uma sala e dois quartos, num dos quais nasci eu, depois as minhas
duas irmãs mais novas, a Maria da Luz e a Joaquina Maria. A Adelina dos Santos,
a mais velha dos quatro, nasceu ainda na outra casa onde moraram os nossos pais
enquanto esta se construía.
Estar assim sossegado em casa é
para mim um duplo aconchego. Pouca gente compreende isso mas o importante é o
que eu sinto e não o que os outros possam julgar. O sossego que me
rodeia é suavizado por de uma vida inteira de muitas e gratas memórias, qual quadro
que o seu pintor enriquece com as cores que elege da sua paleta de tintas.
É tão fácil imaginar e quase
ouvir o bulício da casa cheia de outrora. Aquele riso sempre pronto da minha
mãe, o tom grave e sereno da voz do meu pai. O estalar do lume na lareira nas
noites de inverno, o agradável aroma da sopa camponesa a borbulhar na sertã
sobre a trempe, a chuva a tamborilar nas telhas mouriscas sobre as nossas cabeças,
o vento a rugir lá fora e nós tão aconchegados, tão quentinhos, em volta do
lume.
Já no verão, depois da ceia, era
costume irmos para o fresco da rua à porta da casa acomodados em rústicos bancos
de pinho e cadeirinhas de bunho em amena cavaqueira com a vizinhança nos fraternos
convívios de quase família até à hora de deitar.
Depois…
Bem, depois, o tempo passou. Um
a um, ordeiramente, tal como se deu na nossa vinda ao mundo, sem quase dar
tempo à tia Florinda e ao tio Antónho Coelho de recomporem as suas poupanças –
porque eles fizeram questão de pagar os
respetivos banquetes – primeiro casou a
mana Adelina, no ano seguinte casei eu, seguiu-se a Luz e por fim a Joaquina.
Voámos deste acolhedor ninho para o outro que planeámos construir com quem connosco
aceitou casar.
Mas nunca, nunca, nunca mesmo,
dele ou dos nossos queridos patriarcas, nos afastámos muito. Aqui regressávamos
amiúde, aqui nos juntávamos regularmente, tendo eles de providenciar uma
cozinha mais ampla no quintal mas que em conjunto todos ajudámos a construir,
além uma enorme mesa de refeições para em boa união e fraternos convívios, nos podermos
todos acomodar. Saímos quatro, passámos a regressar oito, depois nove, dez,
onze, e por aí fora...
Porque, naturalmente, foram chegando
os nossos filhos que os avós adoravam e carinhosamente aconchegavam como nos
tinham aconchegado a nós, quiçá até mais do que a nós. Os seus primeiros risos,
os seus primeiros passos, o balbuciar das suas primeiras palavras tudo se
repetiu sob o humilde tecto desta casinha tão pequenina no tamanho mas tão
grande em afetos.
Mais tarde fui eleito seu novo
proprietário por expresso empenho do meu pai. Foi ele quem decidiu que seria
para mim. Jamais, em tempo algum, eu havia imaginado isso. Era impensável.
Inconscientemente acreditamos que os nossos progenitores são eternos e nunca
nos irão faltar. Andava, inclusivamente, a visitar casas para comprar uma, no
bairro novo à entrada da Beirã.
Apercebendo-se disso, logo me
informou, qual general a transmitir as suas ordens:
- Não procures casa para
comprar porque eu quero que esta fique para ti.
Foi exatamente assim. Sem
nunca termos falado em tal coisa. Ele já tinha até calculado o valor que eu teria
de pagar a cada uma das minhas irmãs, descontada a parte que me caberia a mim.
Apenas uma condição. Ele e a sua Florinda viveriam nesta casa connosco enquanto
fossem vivos. Longe de ser um problema, tê-los connosco foi uma bênção.
E, sem nunca ter imaginado tal
“negócio”, aceitei. Ou melhor, obedeci! As minhas irmãs e cunhados acataram sem
qualquer reparo e sem a menor discordância a vontade do patriarca. Nesse tempo
o respeito era prática corrente e comum. Em menos de um ai tratou-se da
papelada, acertou-se o pagamento e a casa mudou do dono António Coelho para o dono
José Coelho.
E nela passaram a habitar três
ramos de uma só árvore. A matriarca Avó Amélia mãe da minha mãe que rodeada de
amor e carinho connosco viveu os últimos 10 dos 93 anos com que nos deixou. Os
patriarcas António Coelho e Florinda Lourenço, coproprietários perpétuos, e nós,
os novos proprietários. Teve de ampliar-se o espaço de modo a ficarmos mais
comodamente instalados mas no projecto de ampliação fiz questão de as quatro
divisões da casa-mãe ficarem intactas, integradas na que cresceu para os lados
e para cima.
Desse modo as paredes que me
viram nascer, continuam no seu primitivo lugar. E as pedras que o meu pai
moldou pela força dos seus braços, ficaram onde ele quis que elas ficassem. E foi
entre elas que nos deixou e lhe cerrei as pálpebras ainda mornas numa triste madrugada
de janeiro. No quarto que sempre foi o seu, na sua cama, na casa que construiu
e nunca deixou de lhe pertencer.
Por essa e por muitas outras
razões nutro pela Toca dos Coelhos e tudo em seu redor o carinho e reverência
que qualquer devoto deve com certeza sentir quando chega ao santuário da
divindade de sua devoção. Enquanto eu viver, aqui se manterão guardadas as ternas
memórias dos meus pais, dos meus avós, das minhas irmãs, dos meus filhos, e, como
não hei-de estar a ficar velho, agora também já as das minhas lindas netinhas…
José Coelho
quinta-feira, 22 de julho de 2021
Coisas que escrevi
O melhor de dois mundos (2)
Gosto de me levantar com o sol porque
tenho o privilégio de morar ao cimo da mais alta colina da aldeia e a minha
casa, concebida com mestria pelo meu pai, permite que simultaneamente habite dentro
da povoação e no meio do campo. Explico porquê. As traseiras são voltadas para
o nascente. A parede do quintal da minha propriedade confina com a rústica e
milenar paisagem da Tapada da Rabela que confina depois com outras rústicas tapadas, continuando por vários quilómetros
até ao rio Sever, a nossa fronteira com Espanha e estendendo-se até à linha do
horizonte lá muito, muito longe. Já no lado oposto voltado a poente, a
frontaria da casa confronta com a Rua Fernando Namora em absoluto contraste com a sua retaguarda.
Assim sendo, se saio pela porta da
frente fico no meio da aldeia, se saio pela porta do quintal estou em pleno
campo. Para completar este cenário único sou brindado cada dia com a ímpar
suavidade dos tons laranja que o sol projeta no céu ao elevar-se por detrás
dos canchos da Anta para lá da Murta, acompanhados pelo musical dlim-dlom-dlem
dos harmoniosos chocalhos e campainhas de gado que pastoreia nos campos em
redor da aldeia e que, na frescura das manhãs, parecem ser ainda mais
melodiosos.
Como se não fosse já suficientemente
belo, tenho também o cantar da passarada pelo arvoredo e um bando de rolas turcas
todos os dias pousado em cantareira na vedação do quintal à espera das
migalhas do pão que vai nas toalhas de mesa e a dona da casa sacode sempre para
a terra, mas também para matarem a sede nos baldes de água fresca que
diariamente e para esse efeito coloco à sua disposição pelas sombras das
árvores ou da casa durante todo o verão.
Não há dinheiro que pague estes
momentos. Quando ouço falar de paz para aqui, paz para acolá, penso de mim para
mim que tenho a sorte de a conhecer e cumprimentar na primeira pessoa diariamente porque a dona Paz vive e reina por aqui em cada madrugada, em cada
nascer ou por do sol. Se quiserem conhecê-la basta virem até cá e deixarem que
ela se instale no vosso coração, uma vez que, não sendo visível aos nossos olhos, apenas conseguiremos senti-la no nosso íntimo.
Mas há outros lugares onde a podemos
encontrar para além do meu quintal e da minha aldeia, dos bonitos campos cheios
de lembranças e de vestígios arqueológicos milenares por onde passeio com frequência. Para primeiro exemplo, ocorre-me a Vila e castelo de Marvão. Experimentem ir lá sem pressa, passeiem
tranquilamente pelas antigas e alvas ruas, visitem com vagar o Museu Municipal,
o Castelo, a Casa da Cultura, as Igrejas Abertas e jardins, provem as nossas tradicionais
iguarias na restauração local e esperem, se vos for possível, pela hora do por
do sol. Ficarão, posso assegurar-vos, absolutamente deslumbrados.
Depois
de recomendar a Vila Medieval mais bonita de Portugal vou voltar novamente
ao melhor dos meus dois mundos que é este privilégio de viver no meio da aldeia
e simultaneamente no meio do campo, desde que nasci. Se das janelas do primeiro
andar voltadas ao nascente me é permitido vislumbrar mais de metade da minha
freguesia até à fronteira com Espanha e a sua paisagem de sonho, também das
janelas voltadas ao poente e para o meio da aldeia a paisagem não é menos
magnífica. Um frondoso e cuidado laranjal mesmo em frente à minha casa faz quase todo o
outro lado da rua.
Imaginem o aroma que dele emana no
início de cada ciclo primaveril. É algo único e indescritível o perfume intenso que
exalam milhões de alvas flores e se espalha por toda este planalto da aldeia. Se
o paraíso existe só pode ser qualquer coisa idêntica a isto.
Mas não só.
A seguir à minha casa e poucos metros
acima, o elegante e florido lavadouro público ainda em plenas funções, apesar de já pouco
utilizado, porque o tempo foi levando as antigas lavadeiras e não voltou a
trazer outras. É o último edifício do lado direito da "minha" Rua Fernando Namora que ali entronca na Avenida Doutor António de Matos Magalhães
onde já não vai morando também quase ninguém, apesar de as casas continuarem cuidadas.
Esta é a pior parte do meu mundo de
sonho. O sucessivo fecho de portas que não voltaram a abrir-se
diariamente e onde já nunca se vê qualquer vida durante o dia ou janelas com luzes acesas à
noite.
Mas hoje não quero falar nisso. Num
discurso oposto ao que escrevo normalmente sobre o quanto me dói a
desertificação que reina por cá, prefiro desta vez agarrar-me ao lado bom e deixar
no vosso e no meu espírito o quanto vale a pena – ainda – acordar cada manhã num
lugar assim:
Na minha casa e na minha Beirã.
José Coelho
04.10.2017
quarta-feira, 21 de julho de 2021
sábado, 17 de julho de 2021
Padroeira 2021 (ano II Covid19)
sexta-feira, 16 de julho de 2021
quarta-feira, 14 de julho de 2021
Para quem quiser lembrar
A Festa da Beirã (ou festa do pau caiado)
Com data fixa a 16 de julho de cada ano, a sua preparação começava a bulir
logo nos fins de maio, princípios de junho. A Comissão de Festas composta por
um punhado de pessoas de todas as forças vivas da terra, CP, Alfândega,
Despachantes Oficiais e seus respectivos colaboradores, comerciantes e
trabalhadores rurais, quase todos transitados dos anos anteriores e acrescida
esporadicamente por um ou outro novo elemento, convocava as reuniões
preparatórias na Sociedade Recreativa para se debater o programa da festa e
distribuir as diversas actividades por grupos de pessoas como o peditório para
festa e para a quermesse por todos os povoados vizinhos, quem iria tratar da
ornamentação das ruas, da montagem do palco, quermesse e bar no recinto da
festa, etc, etc...
Iniciava-se desde logo a feitura de centenas de rifas e bandeirinhas de papel colorido coladas depois em novelos de cordel com uma massa de farinha e água que depois de secas eram enroladas em novelos nuns grandes pedaços de cartão. Dezenas de postes de madeira de pinho guardados todo o ano no “casão dos Vivas” eram transportados pouco a pouco para as ruas para serem caiados pelas senhoras um a um a pincel com cal branca, matéria barata e abundante nas caleiras da Escusa. Daí nasceu o “apelido” de “festa do pau caiado” que dava jus a muitas piadas carregadas de brejeirice entre a rapaziada moça do burgo e arredores.
À medida que iam ficando prontos, os paus imaculadamente brancos eram cravados de x em x metros nos dois lados das ruas principais da aldeia previamente ornamentados já com duas bandeirolas de pano, azuis e brancas. Depois eram pregadas em zigue-zague as tais centenas de metros de cordel com bandeirinhas coloridas de papel, intercaladas por miríades de lâmpadas elétricas que davam à aldeia um ar solene de traje de gala.
Havia ainda também algumas faixas de pano branco com frases litúrgicas - Bendita És Tu entre as mulheres, ou outras - pelas ruas por onde iria passar a Senhora do Carmo no seu imponente andor todo coberto de flores naturais e iluminado por quatro portentosos candelabros eléctricos ligados a uma bateria e carregado em ombros por oito homens de cada vez que se iam revezando por outros tantos também à vez. Era uma das maiores festas do concelho, equiparada ao S. Marcos de Santo António das Areias em 25 de Abril e à Senhora da Estrela, Padroeira do Concelho de Marvão, em 8 de Setembro.
As décadas de 50 e 60 foram as duas décadas de ouro da Beirã em termos de população, emprego e actividade comercial. Era uma comunidade muito viva e quase auto-suficiente com um mercado semanal à segunda-feira onde se vendia de tudo. Produtos frescos das hortas e pomares, aves vivas e ovos, enchidos e queijos caseiros de altíssima qualidade. De todos os lugares da freguesia vinham hortelãos vender os produtos das suas hortas e frutas, assim como alguns feirantes vinham também vender roupas e calçado nas suas carrinhas.
Além deste mercado semanal havia ainda o diverso comércio local com cinco ou seis tabernas-mercearias, dois talhos, uma padaria, dois alfaiates, dois barbeiros, um carpinteiro, mestres-de-obras, um restaurante, duas pensões, a Loja Grande que era uma espécie dos actuais super-mercados onde se vendia de tudo, duas escolas – uma para os rapazes outra para as raparigas – um cartório do Registo Civil, uma Sociedade Recreativa onde quase todas as semanas havia bailes e cinema na grande sala de espectáculos e na qual também se podia assistir tranquilamente às emissões diárias da RTP.
Havia um Clube Recreativo semi-privado só acessível a sócios com quotas pagas em dia e que eram seleccionados/aprovados pela direcção do mesmo, após requererem a sua inscrição. Era o “Clube dos ricos” como comummente se comentava entre a malta “menos rica”. Nesse tempo a Beirã era talvez uma das aldeias mais emblemáticas e desenvolvidas do Concelho de Marvão. O intenso tráfego ferroviário de mercadorias e passageiros entre Portugal e Espanha e vice-versa, promoviam todo esse desenvolvimento.
A sua população, em virtude dos inúmeros Serviços que aqui tinham sede – ferroviários, pessoal aduaneiro, guarda-fiscal, Pide/DGS, despachantes oficiais e seus colaboradores – era oriunda um pouco de todos os cantos de Portugal. Havia gente das Beiras, do Minho e Trás-os-Montes, do Douro, do Baixo e Alto Alentejo e do Algarve. Aqui colocados em serviço, aqui se estabeleciam e aqui nasceram muitos dos seus filhos que depois aqui cresceram, frequentaram a escola e catequese em saudável convivência e vizinhança com os Beiranenses de todas as classes sociais dos quais passavam, sem qualquer dificuldade, a fazer parte.
O Dia Maior da Beirã foi e tem sido até hoje, o Dia da sua Padroeira. Em 2019 como em 2009, 1999, 1989, 1979, 1969 e 1959 – ou seja desde que me conheço – a Beirã chama a si neste dia muitos dos seus filhos, onde quer que se encontram. E é inexplicável, especialmente agora que somos por cá já tão poucos a morar e a ir à missa, como no Dia da Padroeira a igreja se enche por completo. Filhos da Senhora que vivem longe e só cá vêm no Seu dia. Ao cair da noite então, a procissão junta ainda mais e mais gente. É um enigma que nunca consegui entender. Amor de filhos? Fé? Saudades? Não sei...
Quando há pouco tempo referi numa reunião de trabalho que a nossa festa foi outrora conhecida entre os locais como “a festa do pau caiado” vi olhares e expressões de surpresa de todas as pessoas que me ouviam, tendo algumas afirmado inclusive que nunca haviam ouvido falar de tal coisa. Mas era assim mesmo. Amo a minha aldeia na sua mais pura essência e há coisas que jamais conseguirei esquecer enquanto viver. Haverá certamente gente do meu tempo e até mais velha do que eu, que se lembrará com certeza disso e poderá corroborar a minha explicação que nada tem de extraordinário pese embora a inocente brejeirice popular então associada ao “pau caiado”.
Para terminar e perdoem-me alguma imodéstia, já por várias vezes dei o meu contributo pessoal para ajudar na angariação de verbas necessárias para as consequentes despesas que qualquer evento dessa natureza envolve. Brincadeiras sem importância mas com o empenho de muita gente que deu o seu melhor para levarmos a cabo uns serões muito bem dispostos, já que tristezas não pagam dívidas. Existe um programa que guardo carinhosamente de uma dessas aventuras em jeito de recordação, assim como guardo também os originais dos textos então por mim escritos à mão.
Bons tempos. Boas recordações. Gente do melhor. Beiranenses puros e generosos que não tinham complexos de se mascarar de personagens hilariantes para divertir uma plateia inteira de atentos e bem-dispostos conterrâneos. Muitos deles vão com certeza ler estas letras. A todos envio um grande abraço com estima e consideração. E só não refiro nomes porque alguns já não estão entre nós, infelizmente. E também porque éramos tantos que receio por esquecimento não mencionar alguém. Os que lá estivemos sabemos quem fomos. Hoje seria mais complicado fazê-lo porque já não existe na Beirã nenhuma sala para tais eventos.
Tudo se vai acabando nestas terras outrora tão profícuas de gente, cultura e vida...
José Coelho - 10Julho19